Com um tema que se arrasta e uma execução falha, Jurassic World: Recomeço se apresenta como mais um capítulo sem brilho na famosa franquia. Após o lançamento de Jurassic World: Domínio, que prometia encerrar a nova trilogia, o público se depara com um filme que nada acrescenta e que, mesmo com a expectativa de reviver a emoção dos dinossauros, acaba decepcionando. O longa, dirigido por Gareth Edwards, é claro quanto à sua estratégia: reutilizar fórmulas conhecidas sem trazer inovação.
O filme chega aos cinemas brasileiro em 3 de julho de 2025, mas já dá sinais de desgaste criativo. O roteiro de David Koepp parece se apegar a clichês estabelecidos, abandonando narrativas que haviam sido construídas anteriormente. As expectativas eram de que Jurassic World: Recomeço trouxesse algo surpreendente, mas o resultado foi uma história repleta de erros previsíveis e personagens descartáveis.
Sinopse e Contexto da Franquia
A sinopse do filme descreve: “Agentes habilidosos viajam para uma instalação de pesquisa em uma ilha para obter DNA que pode salvar vidas humanas. À medida que a missão ultrassecreta se torna cada vez mais perigosa, eles logo fazem uma descoberta sinistra e chocante que tem sido escondida do mundo por décadas.” Essa premissa, que tem potencial para ser empolgante, é rapidamente ofuscada por uma execução medíocre.
Problemas na Narrativa e Personagens Fracos
Desde a primeira cena, o filme se torna previsível. Os espectadores conseguem facilmente identificar quem irá sobreviver e quais caminhos a narrativa irá seguir. Os protagonistas não são suficientemente cativantes, com nosso interesse se voltando apenas para o personagem de Mahershala Ali, Duncan Kincaid. Os demais membros do elenco parecem mais obstáculos narrativos do que personagens que realmente importam.
Novas Ideias ou Velhos Problemas?
A fraca tentativa de incorporar novos elementos se revela contraproducente. Em vez de construir uma nova aventura emocionante, Jurassic World: Recomeço repete a fórmula de seus antecessores, mas de forma mais enfadonha. Conflitos já vistos e estruturas narrativas desgastadas dominam a tela, e o filme mal consegue aproveitar a presença dos dinossauros, que servem como mera atração decorativa.
Com a nova ideia de animais mutantes, o filme desperdiça a oportunidade de expandir o mundo dos dinossauros. A tão falada ameaça do D-Rex acaba sendo reduzida a uma presença insignificante, incapaz de despertar o medo ou o fascínio que esses seres pré-históricos uma vez proporcionaram ao público.
Reflexões sobre o Futuro da Franquia
Diante desse cenário, muitos se perguntam: é hora de pausar novamente a franquia Jurassic? A falta de originalidade e a abordagem repetitiva podem ser sinais de que o público está pronto para um hiato. É fundamental que os criadores repensem o que realmente fazem com esse rico universo. Novas ideias e personagens são essenciais para revigorar o interesse do público, ou os dinossauros podem enfrentar um desaparecimento definitivo. Jurassic World: Recomeço, apesar de estar nos cinemas, deveria servir como um aviso sobre a direção a que a franquia pode estar se encaminhando.