No recente cenário do cinema, Bob Iger, CEO da Disney, afirmou que a empresa mantém o foco em lançar filmes originais. Porém, a realidade pode ser um pouco diferente, já que o calendário da Disney está repleto de sequências e reboots de franquias consagradas.
Durante uma teleconferência com acionistas, Iger ressaltou: "Eu não diria que temos uma prioridade em um sentido ou outro". Apesar da ênfase nas produções originais, o líder da Disney admitiu que a companhia não pode ignorar o sucesso de suas propriedades intelectuais já estabelecidas. Ele afirmou que é "uma grande oportunidade para a empresa" trabalhar com títulos conhecidos, uma estratégia que permite resgatar e modernizar histórias clássicas para um novo público.
Um exemplo prático da união entre inovação e nostalgia é a adaptação live-action de Moana, programada para 2026. Essa sequência segue o panorama positivo da animação original e da sequência lançada em 2024, demonstrando que a Disney sabe como capitalizar sobre suas franquias. Iger ressaltou que, embora a empresa valorize a criação de novas propriedades, os filmes que revisitam IPs (propriedades intelectuais) existentes continuam a gerar grande retorno financeiro.
Entre as produções futuras, constam títulos massivos como Tron: Ares, os novos filmes de Avatar e Toy Story 5, indicando que a Disney ainda fará muito uso de suas marcas populares. Embora seja prematuro criticar a Disney por uma suposta falta de originalidade hoje, é justo questionar o quanto o estúdio realmente investe em novas histórias.
Cabe destacar que a definição de Iger sobre o que constitui um filme original pode ser divergente do entendimento convencional. Ele citou os novos filmes do Quarteto Fantástico como propriedades originais, afirmando: "Estamos apresentando esses personagens a pessoas que não estão familiarizadas com eles". Essa abordagem levanta dúvidas sobre a verdadeira essência do que um filme original deve ser.
Portanto, enquanto Iger promove a ideia de uma Disney voltada para a inovação, a presença dos grandes sucessos oriundos de IPs antigas continua a dominar sua estratégia. Resta saber se num futuro próximo poderemos ver um equilíbrio entre as duas vertentes e mais investimentos em filmes originais que possam surpreender o público.