A detenção de um agrônomo no Ceará
Raimundo Valdizio Daniel Lima, um engenheiro-agrônomo de 31 anos, foi preso no dia 24 de julho de 2025, na localidade de Coio do Meio, em Baturité, Ceará, sob a acusação de estar envolvido com a facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). A prisão aconteceu durante a "Operação Horda", que visava capturar integrantes da facção e cumpriu 30 mandados de prisão preventiva em Maracanaú e regiões adjacentes.
Contexto da Operação Horda
A operação que culminou na captura de Valdizio teve suas raízes em investigações que começaram há aproximadamente um ano e meio, iniciadas a partir da prisão de um criminoso em Maracanaú, cujo celular foi apreendido. Durante a análise dos dados desse dispositivo, a polícia descobriu um grupo de WhatsApp com 311 membros supostamente ligados à GDE. Valdizio foi identificado como um dos 45 suspeitos principais a partir da lista.
Acusações e indícios levantados
De acordo com as informações da polícia, um número de telefone encontrado no grupo da facção seria utilizado por Valdizio. Além disso, o rastreamento do IP do celular associado a esse número apontou para um provedor registrado em nome do agrônomo. Outros indícios incluíram registros em plataformas digitais que também estavam ligadas ao seu nome, reforçando a suspeita de sua conexão com a facção.
Reações da família
A família de Valdizio, no entanto, contesta veementemente as acusações, afirmando ter provas de sua inocência. Jeane Lima, sobrinha do agrônomo, enfatizou que o número de celular referente à investigação não pertence a ele e já foi verificado pela operadora. A jovem mencionou ainda que Valdizio, que estava cursando mestrado e trabalhando durante o periodo das investigações, é um homem calmo e respeitável, com diversos certificados de honra em sua área.
Impacto emocional na família
A situação tomou um grande toll emocional na família de Valdizio. A saúde de seus pais, com idades de 82 e 66 anos, se deteriorou devido à angústia causada pela situação. "Minha mãe está à base de remédios pela dor de ver meus avós chorando. Todo dia meu avô pede para ver Valdizio", afirmou Jeane, relatando o sofrimento da família diante da prisão injusta de seu ente querido.
Perspectivas futuras
Enquanto a campanha pela inocência de Raimundo Valdizio ganha força nas redes sociais, sua família persiste em reunir evidências para esclarecer sua situação perante a justiça, esperando que a verdade venha à tona e que o agrônomo possa ser liberado da Penitenciária de Quixadá.