Redução nos Casos de Violência em Juiz de Fora
No primeiro semestre de 2025, Juiz de Fora registrou 1.941 casos de violência doméstica contra mulheres, o que representa uma diminuição de quase 13% em comparação aos 2.224 casos do mesmo período de 2024, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp). Apesar dessa redução, a delegada Alessandra Azalim, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), alerta que isso não significa necessariamente um aumento na segurança, mas pode refletir subnotificações.
Desafios na Denúncia
A delegada enfatiza que muitos obstáculos ainda impedem as mulheres de buscarem ajuda em casos de violência. "O medo, a dependência financeira e a vergonha são barreiras significativas para a denúncia", afirmou Alessandra. Ela sugere que familiares e amigos estejam atentos a sinais como isolamento social e mudanças de comportamento, que podem indicar a necessidade de suporte para as vítimas.
O Papel da Conscientização
Afrondando as campanhas de conscientização, Alessandra afirma que iniciativas como o "Agosto Lilás" são essenciais para educar a população sobre a violência contra a mulher. "Campanhas de conscientização, a atuação integrada das forças de segurança e o fortalecimento das redes de apoio têm sido fundamentais para prevenir e interromper ciclos de violência", destacou.
Feminicídios e Medidas Protetivas
Em relação aos feminicídios, a delegada esclarece que cada caso é analisado individualmente, levando em consideração a dinâmica entre a vítima e o agressor. Em 2025, a cidade registrou um feminicídio consumado e duas tentativas, enquanto em 2024 houve uma morte e três tentativas. Alessandra também mencionou a eficácia das medidas protetivas, que oferecem segurança às vítimas, mas devem ser combinadas com apoio psicológico e social.
Como Buscar Ajuda
A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, localizada no 2º andar do Shopping Santa Cruz, atende de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18h30. Além disso, a Casa da Mulher Segura, situado na Avenida Olegário Maciel, n.º 167, também oferece suporte às mulheres em situação de risco. Em casos emergenciais, as vítimas podem entrar em contato com a Polícia Militar pelo telefone 190, ou com a Polícia Civil através do telefone 181. A Central de Atendimento à Mulher, disponível pelo telefone 180, é outra opção para receber denúncias e orientar as mulheres sobre os serviços especializados disponíveis.