Sther Barroso dos Santos, de apenas 22 anos, foi brutalmente assassinada em um baile funk, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O crime chocante ocorreu na madrugada de domingo e foi motivado pela recusa da jovem em deixar o evento com Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, chefe do tráfico na região. O corpo de Sther será sepultado na quarta-feira no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, com amigos e familiares se reunindo para prestar suas últimas homenagens.
Segundo informações da família, Sther não tinha ligação com o crime e estava em um momento de realização pessoal, sonhando em tirar sua carteira de habilitação e mudar-se para um novo apartamento. De acordo com relatos, ela foi brutalmente espancada por dois homens a mando do Coronel e deixada sem vida na porta de sua residência, na Vila Aliança.
A irmã de Sther expressou sua dor nas redes sociais, mencionando os sonhos da jovem: "Minha irmã tinha sonho de ser mãe de menino, tinha sonho de casar. E agora o que faço da minha vida sem você?". O desabafo ressalta a tragédia e a perda irreparável para a família e amigos.
Antes de sua morte, Sther havia anotado em cadernos suas metas para 2025, que incluíam concluir a autoescola, realizar três cursos, adotar um cachorro e manter os treinos de academia. Em uma das suas anotações, ela escreveu: "Vai ser o melhor ano da minha vida, eu profetizo!". Esses registros mostram a esperança e determinação da jovem em transcender suas circunstâncias.
A Polícia Civil investiga se o traficante Coronel foi o mandante do crime. Com um histórico de anotações criminais que incluem tráfico, homicídio e porte ilegal de arma, ele é considerado uma figura influente no Terceiro Comando Puro (TCP). Testemunhas relatam que Sther foi espancada apenas por ter se negado a acompanhar o criminoso, além de ser levada ao Hospital Municipal Albert Schweitzer por parentes, já sem vida.
A tragédia de Sther Barroso evidencia as realidades brutais enfrentadas por muitos jovens nas comunidades dominadas pelo tráfico e levanta questões sobre a segurança pública e a necessidade de proteção dos direitos humanos. O caso está em investigação pela polícia, que busca justiça para a jovem e sua família.