Continuidade da Ofensiva Israelense
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que a ofensiva militar em Gaza continuará, mesmo que o Hamas aceite um cessar-fogo. Em recente entrevista à Sky News Austrália, Netanyahu salientou que o objetivo é libertar todos os reféns e desmilitarizar a região. "Nunca houve dúvida de que não deixaríamos o Hamas lá", afirmou.
Objetivos da Operação Militar
Com os avanços das tropas israelenses rumo à Cidade de Gaza, Netanyahu destacou que a conclusão da guerra é inevitável. Ele enfatizou que a desmilitarização do Hamas é crucial para assegurar uma paz duradoura para israelenses e palestinos. "É para libertar Gaza, libertá-los da tirania do Hamas e dar a Gaza e Israel um futuro diferente", disse.
Negociações para Libertação de Reféns
Ainda nesta quinta-feira (21), após a entrevista, Netanyahu anunciou o início das negociações para a libertação de todos os reféns em Gaza e a busca por uma conclusão da guerra que atenda aos interesses de Israel.
Críticas ao Reconhecimento do Estado Palestino
Durante a entrevista, Netanyahu também criticou fortemente o reconhecimento da Austrália ao Estado palestino, alegando que tal decisão manchará o legado do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese. Ele descreveu as ações do Hamas como atos brutais e insinuou que a comunidade internacional deveria ter uma postura mais firme diante da organização.
Operações na Cidade de Gaza
Nesta quarta-feira (20), o Exército israelense começou sua operação para tomar a Cidade de Gaza, já controlando as áreas circunvizinhas. O plano de captura do território palestino foi aprovado pelo gabinete de Netanyahu e se baseia em uma ampla operação militar com o uso de tanques e bombardeios. Um comandante militar destacou que a operação será progressiva e precisa.
Reação do Hamas e Cessar-Fogo Proposto
Em resposta ao anúncio de Israel, o Hamas afirmou que o plano de conquista demonstra o desrespeito de Israel pelos esforços de mediação, já que o grupo havia aceitado uma proposta de cessar-fogo do Egito e do Catar. Essa proposta, que ainda aguarda resposta de Israel, prevê uma trégua de 60 dias e a liberação de parte dos reféns em troca de prisioneiros palestinos.
Novo Plano de Colonização na Cisjordânia
Na quarta-feira (20), Israel também anunciou um plano de colonização na Cisjordânia, que prevê a construção de 3.400 moradias e a anexação do território palestino. Essa decisão recebeu duras críticas internacionais, incluindo um comunicado conjunto de 21 países, como Reino Unido e França, que consideraram o plano inaceitável e uma violação do direito internacional.
Números da Conflito Atual
Desde o início da ofensiva, o ataque do Hamas em outubro de 2023 resultou em 1.219 mortes, enquanto a resposta israelense causou a morte de mais de 61.500 palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, que são considerados confiáveis pela ONU. A escala de violência levanta questões sobre o futuro das negociações e a busca por uma solução pacífica na região.