As obras de macrodrenagem do Rio Santo Amaro, localizadas em Guarujá, São Paulo, foram retomadas na última segunda-feira, dia 25, após mais de um ano de paralisação. A intervenção, que abrange o bairro Santo Antônio, possui um investimento estimado em R$ 120 milhões e deve ser concluída em até 18 meses.
Segundo informações da prefeitura, cerca de 50% do andamento dos trabalhos já foram finalizados. O projeto contempla a construção de três reservatórios de contenção de águas pluviais, conhecidos como "piscinões", que visam armazenar grandes volumes de água da chuva e regular o fluxo nos canais e galerias.
O financiamento das obras é realizado pela Caixa Econômica Federal, através do programa Saneamento para Todos, com acompanhamento da Gerência de Governança e Gestão de Riscos (GIGOV/CEF). A empresa Terracom é a responsável pela execução das intervenções.
De acordo com a administração municipal, os ajustes técnicos e contratuais necessários para a retomada foram realizados desde janeiro, junto à Caixa e à construtora. A paralisação anterior se deu devido a problemas relacionados à adequação orçamentária, uma vez que até com a atualização pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), os valores não refletiram os custos reais. Os custos foram impactados por fatores como a pandemia de Covid-19, escassez de insumos e o aumento de preços na construção civil.
O projeto de macrodrenagem inclui detalhes como:
- Piscinão 1: localizado na Rua Paulo Orlandi, com capacidade de 7.600 m³;
- Piscinão 2: na Avenida das Magnólias, com capacidade de 22.897 m³;
- Piscinão 3: na Avenida das Acácias, com capacidade de 21.998 m³.
Além dos reservatórios, as intervenções abrangem a ampliação dos canais e galerias existentes e a instalação de um sistema projetado para mitigar os efeitos das marés. Essa integração deverá melhorar o escoamento das águas, minimizando o impacto das cheias na região. Com início em abril de 2021, as obras inicialmente possuíam uma previsão de conclusão de 30 meses, mas após longos períodos de interrupção, foram retomadas mais de quatro anos depois.