Fabinho Soldado, uma das referências do alto escalão do departamento de futebol do Corinthians, resolveu falar publicamente sobre o momento vivido pelo clube. Em entrevista concedida após o duelo contra o Athletico-PR, o executivo destacou o trabalho de Dorival Júnior, ressaltando que o Timão continua competitivo mesmo diante de um cenário adverso: o transferban continua em vigor, e a promessa de quatro reforços não foi cumprida. Nas palavras dele, a ideia é manter o foco no processo, com planejamento e paciência, observando que os resultados aparecem no tempo certo.
Dorival recebe apoio e o time chega à semifinal
O conteúdo da entrevista reforça a leitura de que o treinador está conseguindo manter o time em posição de protagonismo na Copa do Brasil, chegando à semifinal com atuação sólida. O repique de confiança do elenco é visto como resultado direto do estilo de Dorival e da forma como o clube vem gerindo o elenco, com ênfase na base e na evolução de jogadores já formados na casa. Essa percepção é crucial para compreender que, apesar das limitações, o Corinthians busca manter o objetivo de competir em várias frentes, sem abrir mão da qualidade técnica e da organização tática.
Ao abordar as negociações com o Santos Laguna, Soldado confirmou que as tratativas sobre a quitação da dívida pela contratação do zagueiro Félix Torres estão em curso, mas não houve acordo até o momento. Ele destacou que o presidente Osmar tem liderado as conversas, fazendo um esforço considerável, e que o clube precisa, agora, de tranquilidade para avançar com cautela. No próprio depoimento, o dirigente reiterou que Dorival pediu contratações, e que ele também desejava reforços, mas não foi possível seguir adiante neste momento. Ainda assim, a conversa é de que o Corinthians continua a trabalhar com entusiasmo para extrair o máximo do que já existe no elenco.
Renovações em pauta e reforços que aparecem no horizonte
Na prática, o time tem avançado no uso de atletas formados na base, o que ganha ainda mais importância diante da punição vigente. O movimento para intensificar a promoção de jovens ao time profissional é apresentado como parte da estratégia do clube para manter competitividade sem depender da construção de um mercado de transferências em condições normais. Além disso, o clube tem pontos de negociação com atletas que já compõem o elenco, reforçando a ideia de que o planejamento de contratações não é abandonado, apenas adiado ou ajustado conforme o cenário financeiro e regulatório.
Sobre o andamento das renovações, Fabinho citou que, apesar do cenário, o Corinthians tem trabalhado de forma segmentada para cada situação. Em termos práticos, a diretoria renovou recentemente o contrato de Gustavo Henrique e o vínculo de Jacaré, reforçando a ideia de que a linha de frente de contratos está ativa, mesmo sem a confirmação de novas contratações. Para os meses seguintes, as atenções se voltam a Fabrizio Angileri e Romero, cujos contratos vigentes se encerram no fim do ano, bem como aos empréstimos de Maycon, do Shakhtar Donetsk, e Talles Magno, do New York City, que também devem passar por reavaliação conforme o momento.
O executivo explicou que a renovação de contratos não acontece de forma imediata:
“Tudo no seu tempo. Gostaria de colocar todo mundo numa sala e resolver no mesmo instante, mas não é assim que funciona. Existiram algumas antecipações de renovações de jogadores da base, estamos tratando cada caso individual. Tivemos a renovação de Gustavo e será assim até o final. Vamos chamar e abrir conversas para que a gente consiga resolver todas essas questões de contratos.”A fala ressalta a abordagem cuidadosa do clube, que prefere manter uma linha de convivência com os atletas, evitando promessas que não possam ser cumpridas rapidamente.
Sobre o caso Kauê Furquim, a joia da base que acabou na Bahia mediante pagamento integral da multa rescisória no valor de quatorze milhões de reais, Fabinho não entrou em detalhes sobre o contexto, afirmando apenas que a prioridade é a colaboração interna e o alinhamento de processos para evitar situações semelhantes. Em sua visão, a estrutura do Corinthians deve se apoiar na base e no profissional de forma integrada, mantendo a identidade do clube como um único projeto.
Fabinho concluiu que o Timão continua buscando equilíbrio entre manutenção do elenco, desenvolvimento de jovens talentos e planejamento financeiro, com a expectativa de evoluir o desempenho sem perder o foco no crédito institucional que guia o clube. A mensagem é clara: o Corinthians trabalha para fortalecer o time mesmo diante de limitações externas, confiando na continuidade do projeto técnico iniciado nos últimos anos.