Resumo executivo do alerta
Em boletim divulgado pelo Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR), pela primeira vez foi registrada a circulação de três novas drogas sintéticas no Brasil. Duas delas aparecem em um produto industrializado estrangeiro, conhecido como Magic Mushroom Gummies, da marca TRE Hoouse, enquanto a terceira substância, o N-pirrolidino protonitazeno, surge em comprimidos. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou a agilidade do processo entre a notificação e a inclusão nos controles nacionais, concluída em 19 dias.
Drogas identificadas e seus perfis
Ecstasy (MDMA)
O ecstasy, quimicamente MDMA, é vendido na forma de pílula ou pó. A chegada da substância ao Brasil ocorreu em 1995, quando profissionais da psiquiatria identificaram casos com efeitos colaterais. A MDMA foi sintetizada pela primeira vez em 1912 pelo químico alemão Anton Köllisch, a pedido da Merck, empresa alemã de ciências, tecnologia e farmacêutica. No entanto, a droga só ganhou as ruas dos Estados Unidos e da Europa nos anos 80, consolidando-se como uma das substâncias associadas a festas e ambientes de lazer.
Cocaína Rosa
Apesar do nome, o termo não indica relação direta com cocaína. Originalmente, os termos eram usados para se referir a uma substância chamada 2C-B, estimulante sintética e alucinógena criada ainda nos anos 1970, que pode produzir efeitos semelhantes aos do LSD e do ecstasy. Contudo, análises recentes mostram que a substância vendida hoje raramente é o 2C-B. A droga vendida sob o rótulo “cocaína rosa” contém uma mistura de cetamina, MDMA (ecstasy) e cafeína. A apreensão que chamou a atenção para a circulação da substância no país ocorreu em 2021, no Distrito Federal, pela ação de investigadores da Coordenação de Repressão às Drogas (CORD). A substância era comercializada a preços elevados pela sua suposta raridade, em diferentes pontos da capital.
Magic Mushroom Gummies e N-pirrolidino protonitazeno
Ao lado, o SAR identificou dois itens em um produto estrangeiro: a primeira substância associada ao produto é a própria formulação comercial Magic Mushroom Gummies, da marca TRE Hoouse. A segunda é a presença de N-pirrolidino protonitazeno, um opioide sintético da classe dos Nitazenos, consumido em comprimidos. As descobertas ocorreram no mesmo boletim, que ressalta a rápida incorporação dessas substâncias aos controles nacionais.
"A agilidade do processo entre a notificação e a inclusão nos controles nacionais durou 19 dias", destacou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Contexto histórico e implicações para a saúde pública
O ecstasy, conhecido quimicamente como MDMA, é uma droga vendida em comprimidos ou pó. A presença da substância no Brasil remonta a 1995, quando profissionais da psiquiatria relataram casos com efeitos adversos. A MDMA foi sintetizada pela primeira vez em 1912 pelo químico alemão Anton Köllisch, a pedido da Merck, e só ganhou popularidade nas ruas norte-americanas e europeias durante a década de 1980, consolidando-se como uma droga associada a contextos de festa e lazer.
“Cocaína rosa” não é, de fato, cocaína. O termo originalmente referia-se ao 2C-B, droga sintética com propriedades estimulantes e alucinógenas criada nos anos 1970, mas análises atuais indicam que a substância vendida sob esse rótulo raramente é o 2C-B. A composição atual envolve cetamina, MDMA e cafeína, refletindo a evolução das combinações usadas no mercado clandestino. A apreensão em 2021, realizada pela CORD no Distrito Federal, evidencia a circulação dessa fórmula entre varejistas locais, com preços elevados pela suposta raridade.
O relatório também destaca que duas novas substâncias foram identificadas em um produto estrangeiro, o Magic Mushroom Gummies, e que a outra substância — N-pirrolidino protonitazeno — aparece em comprimidos. O boletim reforça a necessidade de vigilância contínua e atualização dos controles nacionais para acompanhar as mudanças no mercado de drogas sintéticas.
Implicações para políticas públicas e próximos passos
As autoridades ressaltam a importância de monitoramento constante de novas formulações químicas que surgem no mercado ilegal. A rápida inclusão desses componentes aos controles nacionais demonstra a capacidade de resposta das estruturas governamentais diante de novas ameaças. Esse episódio reforça a necessidade de cooperação entre órgãos federais, estaduais e municipais para identificar rapidamente variações de substâncias e ampliar a proteção à saúde pública.
Historicamente, a progressão de substâncias como o MDMA e a evolução de misturas com cetamina e cafeína mostram que o panorama das drogas sintéticas está em constante transformação. O SAR continua atento a novidades e mantém canais de comunicação com a sociedade, destacando a importância da informação precisa para evitar equívocos e promover ações eficazes de prevenção e repressão.
Perspectivas futuras
Especialistas apontam para a necessidade de ampliar o monitoramento, ampliar a capacitação das equipes envolvidas e manter atualização constante dos controles. A rápida resposta aos três novos agentes sintéticos demonstra o potencial de melhoria contínua nos mecanismos de vigilância, que devem acompanhar a dinâmica de produção, distribuição e consumo dessas substâncias para informar políticas de saúde, educação e segurança pública.