A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, na noite deste sábado, o áudio do diálogo entre o árbitro Lucas Casagrande e o VAR Gilberto Rodrigues Castro Junior a respeito do pênalti marcado para o Bragantino durante a partida contra o Grêmio. O lance ocorreu aos 56 minutos do segundo tempo e resultou na vitória do time paulista por 1 a 0, em Bragança Paulista, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
No áudio, Castro Junior analisa a jogada após uma sugestão de revisão. Ele disse: "Ela (a bola) muda de rotação e tem uma ação de bloqueio do braço. A mão está desvinculada do corpo na hora do contato. Ela tá fora do corpo na hora do contato". A discussão ocorreu após um chute de Praxedes que desviou em Marlon, lateral do Grêmio. O jogador gremista, que argumentou estar com o braço colado ao corpo, não concordou com a interpretação do VAR.
PC de Oliveira, analista de arbitragem do Grupo Globo, também se posicionou de forma contrária à decisão do árbitro, reforçando que a posição do braço de Marlon poderia não justificar a marcação do pênalti. Apesar das alegações, Lucas Casagrande concordou com a análise do VAR: "Está antinatural o braço dele em uma ação de bloqueio. Vou reiniciar com tiro penal, sem cartão", decidiu.
Após a decisão, Marlon recebeu cartão amarelo por reclamação. Na sequência, Jhon Jhon cobrou a penalidade aos 60 minutos, garantindo a vitória para o Bragantino. O Grêmio, por meio de seu diretor de futebol Guto Peixoto, anunciou que fará uma reclamação formal junto à CBF, contestando o que considera erros de arbitragem, tanto em relação ao pênalti, quanto à expulsão do jogador Kannemann ocorrido no primeiro tempo.
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A arbitragem da partida também contou com assistentes e um quarto árbitro, que foram: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa, Andrey Luiz De Freitas e Kleber Ariel Gonçalves Silva, respectivamente, enquanto Gilberto Rodrigues Castro Junior foi o VAR.
Lucas Casagrande, durante a partida, é visto revisando o lance que culminou na polêmica decisão do pênalti.
"A mão está desvinculada do corpo na hora do contato" – Gilberto Rodrigues Castro Junior.
O caso reacende debates sobre a utilização do VAR e a consistência das decisões tomadas durante os jogos, intensificando a cobrança por maior clareza e objetividade nos critérios de adjudicação de lances controversos como este.