Parto em meio ao caos: Mãe sobrevive após capotagem
Um milagre em terras paranaenses ocorreu na última sexta-feira, dia 3 de outubro, quando Luciana Araújo, de 42 anos, se viu em uma situação angustiante enquanto se dirigia à maternidade. Em estado de 37 semanas de gestação, ela capotou junto com o marido, Alexandre Moro dos Santos, e a filha mais velha, Camila Gabrielly, na PR-482, em Maria Helena, no noroeste do Paraná.
A ajuda de estranhos foi fundamental para que Luciana conseguisse chegar a um hospital em Umuarama, a aproximadamente 22 quilômetros do local do acidente. Felizmente, pouco tempo depois, ela deu à luz ao pequeno Vicente Araújo Moro, que nasceu saudável, pesando quase três quilos e medindo 47 centímetros.
Sobreviventes e feridos – Apesar do susto, todos os ocupantes do veículo sobreviveram. Luciana e Camila sofreram apenas ferimentos leves, enquanto Alexandre permanece internado devido a uma fratura, mas em estado estável.
Um dia que começou com expectativa
Luciana contou que a cesárea estava agendada para acontecer no dia 17 de outubro, mas o início das contrações na noite anterior mudou todos os planos. "Estávamos todos entusiasmados com a possibilidade do Vicente nascer naquele dia", relatou. Entretanto, ao enfrentarem uma forte chuva, Alexandre perdeu o controle do carro na curva do quilômetro 108 da rodovia, resultando no capotamento.
"Eu gritei 'Meu Deus', segurei firme na porta e fechei os olhos", relembrou Luciana. Todos ficaram inconscientes por alguns momentos, mas após despertarem, Camila conseguiu solicitar ajuda de motoristas que passavam. O apoio de estranhos foi crucial para a rápida condução de Luciana e sua filha ao hospital.
O parto em meio à incerteza
No hospital, Luciana recebeu um exame de cardiotocografia para monitorar a saúde de Vicente e foi levada ao centro cirúrgico. "Recebi uma ligação de apoio que me ajudou a manter a calma", comentou, referindo-se a um diácono que a apoiou emocionalmente durante o processo.
A cesárea foi complexa, mas, sob orientação protetora divina, Vicente nasceu bem. Ele precisou de oxigênio por um curto período, mas pouco depois já estava em um quarto se recuperando.
Recuperação e esperança
A recuperação de Luciana está em andamento; ela ainda lidará com dores nas costas e hematomas resultantes da batida. Camila, por sua vez, foi liberada após a constatação de uma fratura na clavícula. Já Alexandre, que passou por um diagnóstico de fratura cervical, se encontra em observação e espera por exames que determinarão a necessidade de cirurgia.
"Agradecemos a Deus por esse livramento. O dia 3 de outubro de 2025 é a nossa data de renascimento", expressou Luciana, eternamente grata a todos que participaram do socorro e ao atendimento médico.
"Sou grata a todos que ajudaram no resgate e pelas orações e mensagens", finalizou emocionada.