Guilherme Arantes, um dos expoentes da música pop brasileira, anuncia seu álbum autoral recheado de músicas inéditas. Este é o primeiro trabalho desde "A Desordem dos Templários", lançado em 2021. Atualmente residindo na Espanha, mas mantendo sua conexão com o Brasil através de apresentações anuais, o artista de 72 anos tem compartilhado sua empolgação nas redes sociais. A faixa que abre o repertório foi revelada por Nelson Motta, seu parceiro na letra de "A Vida Vale a Pena" (I Believe in Love), parte de uma colaboração que se estende desde 1986, quando lançaram juntas músicas como "Calor" e "Coisas do Brasil".
No decorrer do processo de gravação, Guilherme Arantes se afastou do que considera uma "patologia social" na indústria musical. Ele expressa sua preocupação com a efemeridade do sucesso, afirmando: “Um disco novo, qualquer que seja, mesmo de grandes mestres, oferece uma sensação de novidade por apenas 15 dias. Depois disso, é página virada. Esta é a realidade, se é que podemos chamá-la assim.”
O artista critica abertamente a dinâmica atual da indústria fonográfica, que ele descreve como uma "fábrica de salsicha", e reflete sobre a transitoriedade das produções musicais contemporâneas.
Arantes destaca que, ao criar seu novo álbum, ele buscou retornar a um sentimento de épocas passadas, investindo em um verdadeiro compromisso de arte. "Fazer disco com apuro e compromisso, uma profissão que já teve um caráter diferenciado, se transformou em diletantismo, muito mais do que em realidade", enfatiza o compositor, mostrando sua determinação em manter a fé na música e na vida.
Com esse novo projeto, Guilherme Arantes não só reafirma sua identidade artística, mas também provoca importantes reflexões sobre o valor e a permanência da música na sociedade contemporânea.