A missa de sétimo dia em homenagem ao cantor e compositor Lô Borges será realizada na Igreja Santa Tereza, localizada na tradicional Praça Duque de Caxias, na Região Leste de Belo Horizonte. O evento está agendado para este sábado (8), às 19h, e marca a despedida de um dos ícones da Música Popular Brasileira, que faleceu aos 73 anos, em decorrência de uma falência múltipla de órgãos.
Lô Borges, que faleceu na noite do último domingo (2), às 20h50, tinha sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde 17 de outubro após uma intoxicação por medicamentos. Em 25 de outubro, o artista passou por uma traqueostomia. A missa será uma cerimônia emocionante, com a presença de familiares, amigos e fãs do cantor, que se reunirão no espaço que é um marco do Clube da Esquina, movimento cultural do qual ele foi um dos fundadores, junto a Milton Nascimento e outros artistas, na década de 1970.
O Clube da Esquina revolucionou a música brasileira ao combinar elementos do rock, samba e jazz, trazendo canções com melodias experimentais e letras poéticas. Além de Lô Borges e Milton Nascimento, artistas como Beto Guedes e Toninho Horta também foram fundamentais na formação desse movimento, que teve como cenário o bairro Santa Tereza, onde as ruas Divinópolis e Paraisópolis serviam de palco para encontros criativos.
Lô Borges nasceu como Salomão Borges Filho, sexto de uma família de 11 irmãos, e desde jovem já demonstrava talento musical. Sua história está marcada por encontros significativos, como o que teve aos 10 anos com Milton Nascimento, e mais tarde com Beto Guedes. Esses encontros moldaram não só sua vida, mas também a trajetória musical do Brasil.
O álbum mais icônico do grupo, "Clube da Esquina" (1972), com músicas marcantes como "O Trem Azul" e "Um Girassol da cor do seu cabelo", eternizou a parceria entre Lô e Milton. Além disso, a canção "Para Lennon e McCartney", composta por Lô, Márcio Borges (seu irmão) e Fernando Brant, é outro exemplo de seu impacto na música nacional.
A homenagem a Lô Borges é um momento de reflexão sobre sua contribuição à música brasileira, que inspira novas gerações. Durante o velório, seu irmão revelou que havia discos que estavam prestes a ser lançados, incluindo um em colaboração com Zeca Baleiro, evidenciando a continuidade de seu legado musical.