Artistas como Madonna, Bob Dylan e Lady Gaga vão muito além da música, deixando uma marca significativa no cinema. Esses músicos demonstraram que seu talento se estende a outras áreas artísticas, com visões criativas que desafiam normas. Enquanto Frank Zappa e David Byrne exploram o cinema com uma abordagem transgressora, Elvis Presley e os Beatles misturam música e narrativa em suas produções. Filmes icônicos como "Tommy" e "The Wall" do Pink Floyd destacam o potencial do gênero ópera rock, e ícones como Michael Jackson e Prince trouxeram suas experiências musicais à tela grande.
Esses artistas não se contentaram com participações especiais; muitos deles também escreveram roteiros, dirigiram filmes, e controlaram cada aspecto criativo de seus projetos. De Frank Zappa a Lady Gaga, passando por Bob Dylan e Barbra Streisand, estes músicos provaram que seu talento transcende gêneros e mídias, explorando o cinema de forma completa e original.
A realeza do rock teve um impacto profundo na sétima arte. Elvis Presley, por exemplo, estabeleceu um império cinematográfico com 31 produções entre 1956 e 1969. Grande parte de sua filmografia contém números musicais, mas também inclui dramas como "Wild in the country" (Coração rebelde). Obras memoráveis como "Jailhouse Rock" e "Blue Hawaii" se tornaram clássicos adorados entre os fãs.
Os Beatles, frequentemente considerados a banda mais influente da história, não ficaram atrás com sua contribuição cinematográfica. Eles produziram cinco longas-metragens, começando com "A hard day’s night" em 1964, que apresenta uma visão humorística da vida da banda e destaca o talento de Ringo Starr como ator. Esta jornada culminou com a experiência psicodélica de "Yellow submarine" e o documentário "Let it be".
As bandas, como The Who e Pink Floyd também exploraram novos territórios no cinema. The Who levou sua ópera rock "Tommy" para as telas em 1975, onde Roger Daltrey desempenhou um jovem que se transforma em um campeão de pinball após sofrer um trauma. A produção, repleta de estrelas como Ann-Margret e Elton John, foi uma celebração do poder da música.
Logo após, Pink Floyd lançou "The Wall" em 1982, um marco na combinação de música e cinema. Dirigido por Alan Parker, o filme conta a história de Pink, um músico que constrói barreiras emocionais, e se destaca por seu simbolismo rico e sequências de animação inovadoras.
O artista Frank Zappa, multifacetado, não ficou restrito às convenções musicais. Em 1971, lançou "200 Motels", um filme musical surreal que explora a loucura da vida na estrada. Embora criticado, o filme é uma representação da criatividade única de Zappa e de sua visão vanguardista.
Bob Dylan, por sua vez, ampliou seu alcance criativo para incluir o cinema, com sua estreia em direção com o documentário "Eat the document". Este e outros projetos demonstram seu envolvimento com outras formas de arte ao longo de sua carreira.
Neil Young também deixou sua marca cinematográfica com "Greendale", um filme musical aclamado, enquanto David Byrne, do Talking Heads, apresentou-se como diretor em "True Stories", um filme independente que mistura vários gêneros.
Michael Jackson fez história ao combinar videoclipes e cinema com "Moonwalker", enquanto Lady Gaga documentou sua jornada no álbum "Joanne" e fez sua estreia de destaque no filme "Nasce uma estrela" em 2018, mostrando que sua criatividade se estende muito além dos palcos.