O debate em torno do PL Antifacção ganhou novos rumos após a conversa entre o relator Guilherme Derrite e Manoel Carlos de Almeida Neto, secretário-executivo do Ministério da Justiça. O tema central do projeto é a criação da figura penal da facção criminosa, com regras mais rígidas para penas e medidas para fortalecer o combate ao crime organizado.
Derrite, deputado do PP e alinhado ao governo bolsonarista, elogiou o técnico Manoel Carlos, considerado número 2 do ministro Ricardo Lewandowski. Durante a reunião, ele acolheu várias sugestões que aprimorarão sua proposta, divulgada recentemente. "Ele veio para colaborar com o texto e é um jurista extremamente preparado", afirmou o relator.
Visando a votação do projeto, prevista para a próxima terça-feira, Derrite expressou otimismo quanto ao ambiente político. O presidente da Câmara já convocou uma sessão extraordinária, com o PL Antifacção como único item da pauta. O relator se mostrou flexível, afirmando: "Estou aberto a fazer ajustes até os 49 do segundo tempo, se for pelo bem do Brasil".
Ele destacou que, embora reconheça que nenhum texto é perfeito, acredita que a proposta está bem estruturada e pronta para discussão em plenário. Em sua análise, não se pode subestimar a importância de medidas eficazes no combate ao crime organizado, que enfrenta desafios complexos no atual cenário."