Júlia Azevedo, jogadora de vôlei do Tijuca Tênis Clube, viveu uma experiência aterradora após ser baleada nas costas durante uma tentativa de assalto no último domingo (23) no Rio de Janeiro. A atleta estava voltando para casa com seu pai, quando bandidos atacaram o veículo em que estavam. Apesar da gravidade da situação, Júlia se recupera em casa e projeta retornar aos treinos em até um mês.
O incidente ocorreu enquanto Júlia e seu pai voltavam de uma confraternização familiar. Sem aviso prévio, os criminosos dispararam contra o carro antes mesmo de anunciar um assalto. "Disparou a arma na nossa cara", conta a jogadora, que apenas percebeu que havia sido atingida ao chegar em casa.
Em entrevista ao portal ge, Júlia relatou como tudo aconteceu e a tensão que sentiu. "Passei a mão nas costas e não tinha sangue. Quando cheguei em casa, percebi uma dor intensa na coluna e ao verificar, vi que havia levado um tiro", disse. A bala, que entrou por suas costas, saiu perto do quadril, e, felizmente, não afetou áreas críticas como a medula espinhal.
No Hospital Municipal Souza Aguiar, os médicos informaram que, por pouco, Júlia não ficou paraplégica. "Por um milímetro não pegou a medula dela. A bala saiu exatamente onde tinha que sair. Quando começaram a chegar mensagens de carinho, percebi que renasci", lembrou a jogadora, emocionada.
Grata por escapar com vida e sem sequelas significativas, Júlia está confiando em uma recuperação rápida. Ela evita movimentos bruscos e ainda sente dores na região afetada, mas se mostra otimista e espera estar pronta para atuar em sua primeira partida de volta na Superliga, contra o Praia Clube, programada para o dia 22 de dezembro.
A experiência transformou a maneira como ela vê a vida. "Um dia estamos aqui, no outro, podemos não estar mais. Tinha planos simples de assistir uma série em casa, e tudo pode mudar em um instante. Estou focada em voltar mais forte e ajudar minhas colegas", conclui Júlia, refletindo sobre a fragilidade da vida e a importância de valorizar cada momento.