Diego Pereira Almeida, Jonatan Michael Pereira e um comparsa foram denunciados pelo homicídio de Mailson Queiroz de Souza, assassinado em outubro em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A investigação revelou que a vítima havia ameaçado o educador físico após descobrir um relacionamento extraconjugal dele com sua esposa.
Mailson, de 42 anos, foi morto no dia 20 de outubro, no Bairro Morumbi, em Uberlândia. Diego, de 33 anos, foi preso menos de 24 horas após o crime, em uma operação da PM e da Polícia Civil. Jonatan, de 31 anos, também foi detido e confessou que executou o crime a pedido do irmão. Bruno César Gomes, de 30 anos, ainda se encontra foragido. Os três são acusados de homicídio qualificado por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Planejamento e execução do crime
Conforme relatos, após ser ameaçado e perseguido por Mailson, Diego Pereira Almeida solicitou ajuda a Jonatan para contratar um pistoleiro. A morte foi orquestrada após Mailson descobrir o relacionamento entre Diego e sua esposa. Jonatan, por sua vez, contratou Bruno para executar o serviço. No dia do crime, eles se aproximaram da vítima em uma motocicleta, e Bruno disparou várias vezes, levando Mailson a falecer dentro de seu veículo.
O laudo de necropsia indicou hemorragia aguda como causa da morte, devido a múltiplos disparos na região torácica. Testemunhas declararam que os autores da execução fugiram imediatamente após o ato, abandonando a motocicleta e utilizando um veículo de aplicativo, previamente acionado por Diego, para escapar.
Motivação e reações familiares
Na investigação, a esposa de Mailson confirmou o relacionamento extraconjugal, acrescentando que o marido havia considerado a ideia de contratar um pistoleiro contra Diego, mas havia desistido. Apesar disso, Diego negou manter qualquer ligação com a mulher de Mailson. Mensagens encontradas no celular de Diego evidenciaram uma troca de ameaças entre ele e Mailson, sugerindo um clima de tensão crescente antes do assassinato. Jonatan assumiu a responsabilidade pelo crime, alegando ter agido sob pressão do irmão, e declarou que Diego recebia ameaças constantes de Mailson.
Prisão dos envolvidos
As prisões de Diego e Jonatan ocorreram em uma operação rápida, realizada pela PM e pela Polícia Civil, que utilizou informações de testemunhas e imagens de câmeras de segurança para rastrear os suspeitos. Ambos estão detidos no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia. A Polícia conseguiu confirmar que a motocicleta usada no crime era produto de roubo e havia sido abandonada após a fuga. As investigações continuam em torno do paradeiro de Bruno, que possui um histórico criminal desde 2013 e não foi readmitido ao sistema prisional após a última soltura.
Posicionamento da defesa
Os advogados que representam Diego e Jonatan, Adriano Parreira de Carvalho, Marcelo Sousa Silva Brito e Christian Novais Rufino, emitiram uma nota confirmando que aguardam a análise das provas para desenvolverem suas defesas. Destacaram a importância de quebra de sigilo telefônico e financeiro para uma melhor compreensão do caso. Reiteraram sua confiança nas instituições judiciais e afirmarão sua posição no momento processual adequado, quando todas as provas forem disponibilizadas. Por outro lado, a Defensoria Pública de Minas Gerais representa Bruno, mas não comentou a respeito do caso em questão.