Andrei Rodrigues comenta sobre prisões e medidas cautelares
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, se posicionou em relação às investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante sua participação no programa Roda Viva, ele afirmou que "qualquer investigado pode ser sujeito a alguma medida cautelar, pode ser sujeito de uma decisão judicial que a Polícia Federal cumprirá". A afirmação veio em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de prisão de Bolsonaro no contexto atual.
Rodrigues reforçou a importância do direito à ampla defesa e destacou que a PF sempre prezará pela instrução do processo e pela garantia de direitos fundamentais, respeitando o devido processo legal. "Nós prezamos muito pela instrução do processo, pela ampla defesa, pela garantia de direitos fundamentais, dentro do devido processo legal", completou o diretor da PF.
Investigações em andamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado em três inquéritos relevantes no ano passado. O primeiro, em março, foi relacionado a um esquema de fraude em registros no cartão vacinal contra a Covid-19. O segundo, em julho, dizia respeito à venda de joias sauditas que foram presenteadas ao governo brasileiro, e posteriormente, negociadas nos Estados Unidos. O terceiro indiciamento ocorreu em novembro, no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
Andrei Rodrigues comentou especificamente sobre o inquérito relacionado à tentativa de golpe, afirmando que a Polícia Federal apresentou um "relatório consistente". A expectativa agora recaí sobre a Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá emitir um parecer sobre as investigações, podendo oferecer denúncia, solicitar mais diligências ou até arquivar os casos.
Indiciados pela Polícia Federal
Em novembro de 2024, a PF havia indiciado 37 pessoas por suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado no Brasil, elevando esse número para 40 em dezembro. Os indiciados incluem não apenas Jair Bolsonaro, mas também ex-ministros como Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro. As acusações que pesam sobre estes indivíduos incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.