Fontes diplomáticas em Washington estão considerando altamente provável que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordene um ataque militar à Venezuela, com o objetivo principal de impactar globalmente o combate ao narcotráfico, ao invés de buscar uma mudança de regime. Essa especulação foi reforçada pela movimentação do porta-aviões USS Gerald R. Ford, que se dirige ao Caribe, indicando uma demonstração de força por parte dos EUA.
Fontes indicam que a presença do porta-aviões, o maior e mais moderno da Marinha americana, é um sinal claro de que uma ação militar pode estar iminente. A operação, que ocorre em um contexto de crescente tensão no Caribe, está voltada para o combate às origens das drogas, especialmente o fentanil, uma substância que tem causado um aumento significativo nas mortes nos Estados Unidos.
A possibilidade de um ataque militar levantou preocupações sobre a desestabilização da região, que pode afetar países vizinhos, como a Colômbia. As fontes em Washington citaram que é difícil para Trump justificar a movimentação de uma armada que custa milhões de dólares sem um resultado concreto. A dinâmica da situação requer um ataque que não apenas enfrente o narcotráfico, mas que também projete uma imagem vitoriosa aos olhos do povo americano.
A análise da presença militar americana no Caribe é inédita, ressalta um diplomata consultado. Ele afirmou que, ao contrário do que muitos podem imaginar, a intenção de Trump não é derrubar Nicolás Maduro, mas sim realizar um ataque efetivo que demonstre compromisso na luta contra as drogas. A perspectiva é de que, mesmo que um ataque aconteça, isso não resultaria em uma mudança imediata de regime na Venezuela.
O risco de tal operação poderia levar a um aumento da repressão interna por parte do governo de Maduro, com a intensificação das prisões de dissidentes e uma possível reação militar por parte de aliados chavistas, como os cubanos e até mesmo a Rússia e o Irã. Uma fonte destacou que, se um ataque for realizado e o regime não for derrubado, isso poderá resultar em um clima de caos, com a violentação da oposição e o fortalecimento de grupos guerrilheiros.
Trump tem defendido que a origem das drogas que invadem os Estados Unidos está centrada na Venezuela, no México e na Colômbia, e acredita que qualquer movimento militar deve ser visto como uma ação para combater as raízes da crise das drogas. Ao traçar paralelos com ataques anteriores, como o ocorrido no Irã, as fontes argumentam que a intenção seria realizar um ataque cirúrgico que evite um envolvimento prolongado em um conflito.
Por fim, fontes em Washington têm enfatizado que o cenário regional, refletido na liderança brasileira sob a presidência de Lula, está perdendo relevância, aumentando a sensação de que a América Latina não está fazendo o suficiente para alterar a situação política na Venezuela. Essa percepção está galvanizando a ideia de que Trump busca uma resposta decisiva e que o Brasil, por suas limitações atuais de influência, não consegue rebater adequadamente a escalada das tensões.