A Comissão Europeia declarou nesta segunda-feira que está monitorando a situação para defender os interesses da União Europeia em resposta ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre novas tarifas de importação.
No último domingo, Trump informou que irá implementar tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA, um movimento que representa uma escalada significativa em sua reformulação da política comercial. A Comissão explicou que ainda não recebeu notificações oficiais sobre tarifas adicionais que afetem produtos do bloco, ressaltando que não irá reagir a "anúncios vagos" sem esclarecimentos adequados por escrito.
Em um comunicado, a Comissão mencionou: "A União Europeia não vê justificativas para a imposição de tarifas sobre suas exportações. Reagiremos para proteger os interesses das empresas, trabalhadores e consumidores europeus contra medidas injustificadas".
Essa iniciativa de Trump, caso se concretize, remete à sua primeira gestão, quando foi imposta uma tarifa de 25% sobre o aço de vários países e uma tarifa de 10% sobre o alumínio. No âmbito da União Europeia, essas tarifas afetaram exportações que totalizavam aproximadamente 6,4 bilhões de euros.
Como reação, em 2018, o bloco europeu adotou inicialmente tarifas sobre produtos dos EUA avaliados em 2,8 bilhões de euros, além de planejar a imposição de mais tarifas sobre produtos norte-americanos no valor de 3,6 bilhões de euros ao longo de três anos. Essa dinâmica continuou com a administração de Trump e o antecessor de Trump, Joe Biden, que firmaram um acordo para suspender essas tarifas e contramedidas entre EUA e União Europeia.
A suspensão realizada pelos EUA incluiu uma cota de 3,3 milhões de toneladas métricas de aço e 384 mil toneladas de alumínio provenientes de produtores da União Europeia, com base em médias históricas. Diplomatas europeus destacaram que seria mais sensato reimplementar as contramedidas se Trump decidir seguir em frente com as tarifas de importação.