Uma recente pesquisa realizada pelo instituto Ipsos-Ipec, divulgada na quinta-feira (13), demonstra que a desconfiança em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está crescendo. De acordo com os dados, 58% dos entrevistados afirmaram não confiar no presidente, enquanto apenas 40% expressaram confiança.
Os números apresentados indicam uma mudança significativa nas percepções do público:
- Confiam: 40% (anteriormente 45% em setembro);
- Não confiam: 58% (anteriormente 52%);
- Não sabe/não respondeu: 2% (anteriormente 3%).
Para essa pesquisa, foram entrevistadas 2.000 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 7 e 11 de março, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa revela um aumento de 6 pontos percentuais entre aqueles que não confiam no presidente, se comparado ao último levantamento realizado em dezembro de 2024, enquanto a confiança viu uma queda de 5 pontos.
O levantamento também identificou os grupos que apresentam maior confiança no petista. Aqueles que mais confiam incluem:
- Moradores da região Nordeste (55%);
- Pessoas com ensino fundamental (50%);
- Católicos (50%);
- Indivíduos com 60 anos ou mais (50%);
- Aqueles com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (49%).
Em contrapartida, aqueles que demonstram maior desconfiança são:
- Evangélicos (70%);
- Pessoas com renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (73%);
- Moradores da região Norte/Centro-Oeste (66%);
- Aqueles de outras religiões ou sem religião (66%);
- Indivíduos com ensino superior (65%).
Além disso, a pesquisa também avaliou a percepção geral sobre a gestão do governo Lula. Os resultados mostram que 41% dos entrevistados consideram a gestão como ruim ou péssima, enquanto 27% a veem como boa ou ótima. Este é um marco, pois pela primeira vez no terceiro mandato do presidente, as avaliações negativas superam as positivas.
Confira os dados apresentados:
- Ruim ou péssimo: 41% (anteriormente 34% em setembro);
- Regular: 30% (mantido em 30%);
- Ótimo ou bom: 27% (anteriormente 34%);
- Não sabe/não respondeu: 1% (anteriormente 2%).
Desde a última pesquisa em dezembro de 2024, houve um aumento de 7 pontos entre aqueles que têm uma visão negativa da administração de Lula, enquanto a proporção de pessoas que avaliam seu governo positivamente caiu na mesma medida.
A insatisfação é mais evidente entre os seguintes grupos:
- Pessoas com renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (59%);
- Indivíduos mais instruídos (48%);
- Evangélicos (48%);
- Aqueles que votaram em Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 (72%).
Por outro lado, a avaliação positiva é mais comum entre:
- Moradores da região Nordeste (37%);
- Pessoas com menor escolaridade (36%);
- Aqueles com renda familiar de até 1 salário mínimo (34%);
- Católicos (34%);
- Pessoas que votaram em Lula em 2022 (52%).
Outro aspecto abordado na pesquisa foi a avaliação da maneira como Lula está conduzindo seu governo. Os dados revelam que 55% dos entrevistados desaprovam sua gestão, enquanto 40% aprovam. O grupo que não soube ou não respondeu representa 4% da amostra.
Os números se apresentam da seguinte forma:
- Aprova: 40% (anteriormente 47% em setembro);
- Desaprova: 55% (anteriormente 46%);
- Não sabe/não respondeu: 4% (anteriormente 7%).
Aproximadamente 9 pontos a mais de pessoas desaprovam a gestão de Lula desde a pesquisa anterior, enquanto a aprovação caiu em 7 pontos durante o mesmo período.
A aprovação é maior entre:
- Moradores da região Nordeste (53%);
- Pessoas com ensino fundamental (51%);
- Aqueles com renda mensal de até 1 salário mínimo (50%);
- Católicos (50%);
- Pessoas com 60 anos ou mais (49%).
Por outro lado, a desaprovação é mais acentuada entre:
- Pessoas com renda mensal superior a 5 salários mínimos (72%);
- Evangélicos (66%);
- Indivíduos com maior nível de instrução (64%);
- Pessoas entre 25 e 34 anos (63%);
- Aqueles com outras religiões, não católicas ou evangélicas, ou sem religião (63%).
A pesquisa Ipsos-Ipec destaca uma tendência de crescente desconfiança no governo Lula, refletindo o sentimento de uma parcela significativa da população. Compartilhe sua opinião nos comentários e fique por dentro das atualizações sobre a política no Brasil!