O governo brasileiro está intensificando suas ações contra o crime organizado, deixando claro que essas iniciativas não dependem da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança. Recentemente, o Ministério da Justiça anunciou um plano nacional que visa intervir em áreas controladas por milícias e facções criminosas, com o intuito de substituir a economia ilegal por programas sociais e operações policiais colaborativas.
O plano abrangente para combater o crime organizado é dividido em quatro etapas principais:
O projeto inicial será testado em uma cidade no Nordeste, com previsões de expansão para o Rio de Janeiro, onde as milícias e o Comando Vermelho exercem uma influência significativa.
A estrutura do plano inclui:
Simultaneamente, o Ministério da Justiça formalizou a criação de um núcleo estratégico voltado para o combate ao crime organizado. Este grupo tem como objetivo elaborar um planejamento anual de operações integradas e mapear informações sobre as organizações criminosas, suas estruturas e atividades econômicas.
O Ministério Público Federal (MPF) também instituiu o Gaeco Nacional, uma equipe especializada que visa aumentar a efetividade das ações contra organizações criminosas. O grupo atuará em casos de grande complexidade e relevância nacional, proporcionando suporte especializado aos procuradores e promovendo integração entre as diversas unidades do MPF e órgãos de inteligência.
Apesar dos avanços, o combate ao crime organizado enfrenta desafios significativos, incluindo a necessidade de integração entre diferentes esferas governamentais e a resistência de algumas autoridades locais. Contudo, a abordagem que combina operações policiais, programas sociais e ações institucionais integradas apresenta um futuro promissor para a diminuição da influência das milícias e facções no Brasil.