Em outubro de 2024, os ex-policiais militares e confessos assassinos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro pelo crime brutal contra a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. A sentença impôs a Lessa uma pena de 78 anos e 9 meses, enquanto Queiroz recebeu 59 anos e 8 meses de prisão. Além da pena privativa de liberdade, ambos foram condenados a pagar indenizações por danos morais e pensões às famílias das vítimas.
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, chocou a sociedade brasileira e atraiu a atenção internacional. Marielle era reconhecida como uma defensora dos direitos humanos e uma voz forte contra a violência nas favelas do Rio de Janeiro. As investigações que se seguiram ao crime identificaram os irmãos Brazão e o ex-delegado Rivaldo Barbosa como supostos mandantes, embora todos neguem qualquer envolvimento.
A decisão do júri em condenar Lessa e Queiroz foi recebida como um avanço significativo na luta por justiça. No entanto, familiares de Marielle e Anderson, juntamente com ativistas, continuam a pressionar para que os supostos mandantes do crime sejam também responsabilizados. A mãe de Marielle, Marinete Silva, manifestou que a luta pela justiça não se encerra com a condenação dos assassinos diretos, ressaltando a necessidade de respostas mais claras sobre as motivações e os setores envolvidos no crime.
Anielle Franco, irmã de Marielle e atual ministra da Igualdade Racial, enfatizou que o legado de sua irmã deve ser um lembrete da continuidade da luta por justiça e equidade. A condenação dos responsáveis diretos é encarada como um aviso para que nenhuma pessoa, independente de sua posição, se sinta acima da lei. Ágatha Arnaus, viúva de Anderson, ecoou esse sentimento, afirmando que a luta deve se manter ativa e vigilante.
O processo judicial que envolve os supostos mandantes do crime segue avançando no Supremo Tribunal Federal (STF), e a expectativa é que um julgamento esclareça todos os aspectos do envolvimento dos acusados. A família de Marielle e Anderson se mantém firme na busca por justiça, lutando para que todos os responsáveis pelo crime sejam punidos adequadamente.
A condenação dos assassinos é considerada apenas o início de um abrangente percurso em busca de verdade e justiça pelas famílias das vítimas. A luta pela reparação e por um legado que inspire mudanças significativas na sociedade brasileira permanece firme, com a esperança de que a justiça plena seja finalmente alcançada.