O recente lançamento do filme "Ainda Estou Aqui" na plataforma Globoplay provocou uma reviravolta no interesse público por Eunice Paiva, mulher que se tornou um símbolo na luta pela verdade durante a ditadura militar no Brasil. As buscas pela sua história dispararam em 300%, evidenciando o impacto emocional e social da película.
Dirigido pelo renomado Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres como Eunice, o longa-metragem é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice, que narra de forma visceral a busca incessante de uma mulher por justiça após o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, em 1971, vítima do regime militar brasileiro.
O filme já havia conquistado a audiência nas telonas, com quase 6 milhões de ingressos vendidos e uma arrecadação impressionante de R$ 204 milhões. Recebeu o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025, um marco para o cinema brasileiro, sendo a primeira obra nacional a alcançar tal reconhecimento no prestigiado evento.
Após sua estreia no Globoplay, "Ainda Estou Aqui" não apenas se torna mais acessível, mas também serve como um veículo de educação sobre a história sombria da ditadura militar. A recepção do público tem sido calorosa, e a plataforma lançou uma campanha para celebrar a importância do cinema na história do Brasil, reforçando o papel de Eunice Paiva como uma figura inspiradora.
A atuação de Fernanda Torres é amplamente elogiada, destacando-se a profundidade emocional e a força de Eunice, que, em meio à dor e à tragédia, representa a resistência e a luta pelas liberdades civis e pelos direitos humanos. Com a crescente popularidade da obra, novas gerações estão sendo introduzidas à complexidade dessa narrativa, tornando "Ainda Estou Aqui" uma pedra fundamental na conscientização sobre o regime militar e sua longa sombra sobre a sociedade brasileira.
O legado de Eunice Paiva, perpetuado por meio deste filme, transcende a tela, convocando a reflexão sobre os valores da democracia e a importância de lembrar o passado para que não se repita. O filme se transforma, assim, em um poderoso testemunho e um apelo à memória e à verdade, essencial em tempos em que direitos humanos são constantemente desafiados.