Ex-presidente Jair Bolsonaro permanece internado após cirurgia abdominal de alta complexidade
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completa uma semana na UTI do Hospital DF Star em Brasília após uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal. O procedimento, realizado em 13 de abril, foi necessário devido a aderências no intestino delgado, complicação relacionada a cirurgias anteriores. A equipe médica afirma que a recuperação segue dentro do esperado, sem previsão de alta.
Detalhes da cirurgia e quadro clínico
A intervenção cirúrgica, a sexta no intestino de Bolsonaro desde o atentado de 2018, corrigiu uma obstrução causada por tecidos cicatriciais que dificultavam o trânsito intestinal. O pós-operatório foi classificado como "prolongado" pelos médicos, com monitoramento contínuo de pressão arterial e função intestinal.
Evolução na UTI
Nos primeiros dias, Bolsonaro manteve jejum oral e recebeu nutrição por via venosa. A partir de 16 de abril, iniciou caminhadas assistidas nos corredores do hospital para estimular a recuperação motora. Tomografias realizadas nesta semana não detectaram complicações pós-cirúrgicas.
Desafios na recuperação
A equipe médica intensificou a fisioterapia motora e medidas de reabilitação para prevenir novas aderências. Apesar da melhora clínica, persiste a restrição alimentar via oral, com previsão de transição gradual para dieta líquida nos próximos dias.
Contexto histórico
As complicações intestinais de Bolsonaro remontam ao atentado sofrido em Juiz de Fora (MG) durante a campanha de 2018. Desde então, o ex-presidente passou por cinco cirurgias abdominais anteriores, todas relacionadas a sequelas do ferimento.
Próximos passos
O boletim médico mais recente, divulgado em 20 de abril pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, reforça a ausência de previsão para transferência ao quarto comum. Especialistas consultados pelas fontes indicam que a alta hospitalar poderá levar semanas, dependendo da resposta à fisioterapia.
"A recuperação segue dentro do esperado, sem previsão de alta", diz a equipe médica.
