A tensão entre a Coreia do Sul e a China aumentou significativamente devido a estruturas de aço instaladas pela China em uma zona marítima contestada. A preocupação sul-coreana se manifesta em um momento crítico, após um diálogo realizado em 23 de abril de 2025, que se seguiu a um confronto em fevereiro deste ano.
Detalhes da Disputa Marítima
A Zona Provisória Marítima (PMZ), que foi estabelecida em 2001, foi criada para regular atividades de navegação e pesca entre os dois países sob um acordo bilateral. A China, no entanto, vem expandindo suas atividades na região desde 2018, instalando duas boias semi-submersíveis e uma estrutura fixa em 2022, a qual foi classificada como uma plataforma de petróleo desativada. Em fevereiro, um incidente gerou tensão quando as autoridades chinesas bloquearam uma inspeção sul-coreana na mais recente estrutura, resultando em protestos significativos na Coreia do Sul.
Posicionamento das Autoridades
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, defendeu que as construções são meras "instalações de aquicultura comerciais", assegurando que estão em conformidade com os acordos reconhecidos. Ele mencionou que Pequim está disposta a compartilhar informações por meio dos mecanismos de diálogo bilateral existentes.
Por sua vez, fontes diplomáticas sul-coreanas indicam que o governo de Seul está considerando a construção de "instalações necessárias" dentro da PMZ como uma medida de resposta. Apesar de o acordo de 2001 proibir atividades além da pesca e navegação, ele não especifica limites claros para a construção de infraestrutura, o que deixa espaço para interpretações.
Diálogo e Perspectivas Futuras
O diálogo mantido em Seul focou na busca de soluções para a evitar uma escalada no conflito, embora não tenha apresentado resultados concretos. Analistas alertam que a presença das estruturas chinesas pode servir não apenas para atividades de aquicultura, mas também para testes de monitoramento marítimo ou, ainda, como um passo em reivindicações territoriais mais amplas.
Enquanto isso, a Associação de Veteranos Coreanos tem pressionado o governo para a demolição imediata das instalações chinesas, reforçando as tensões internas em relação à situação marinha.
Imagens e Vídeo Relacionados
."O constante crescimento das estruturas chinesas no Mar Amarelo é motivo de preocupação para a Coreia do Sul, que busca alternativas para garantir seus interesses territoriais."
A situação no Mar Amarelo é complexa e segue em evolução, obrigando ambos os países a reconsiderarem suas estratégias e posicionamentos na região.
