O ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, foi preso na madrugada desta sexta-feira, 25, em Maceió, Alagoas, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão foi realizada às 4 horas da manhã, no momento em que Collor se deslocava para Brasília a fim de cumprir espontaneamente uma decisão judicial. Atualmente, ele encontra-se sob custódia na Superintendência da Polícia Federal em Maceió, aguardando transferência para a capital federal.
A medida foi tomada após o STF rejeitar o segundo recurso da defesa de Collor, condenado em maio de 2023 a oito anos e dez meses de prisão por sua participação em um esquema de corrupção envolvendo a BR Distribuidora, hoje conhecida como Vibra. Esta condenação inclui os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionado a contratos fraudulentos da estatal. A denúncia contra Collor surgiu no contexto da Operação Lava Jato, fundamentada na delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC.
Na noite de quinta-feira, 24, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata de Collor, após o esgotamento dos recursos da defesa no STF. Essa decisão destaca o compromisso da Corte com o combate à corrupção, especialmente quando se trata de figuras públicas de grande relevância. Informado da determinação, Collor escolheu se entregar voluntariamente e foi detido enquanto se dirigia a Brasília.
Fernando Collor, que exerceu a presidência do Brasil de 1990 a 1992 e enfrentou um processo de impeachment durante seu mandato, agora é preso pela primeira vez após uma condenação criminal definitiva. Este evento marca um momento significativo na história política recente do Brasil, evidenciando a evolução das investigações e punições relacionadas à corrupção.
A defesa do ex-presidente confirmou sua prisão e indicou que ele está sob a custódia da Polícia Federal em Maceió, aguardando traslado para Brasília, onde cumprirá sua pena em regime fechado. A expectativa é de que o caso seja discutido em uma sessão virtual do STF nos próximos dias para definir os próximos passos legais.
Esta prisão não só reflete uma ação contundente da Justiça no combate à impunidade, mas também reafirma que ninguém está acima da lei, independente de sua posição anterior. A detenção de Fernando Collor representa um marco que deve influenciar o cenário político e jurídico do Brasil nos próximos meses, sinalizando um endurecimento das ações contra a corrupção no país.