Em Londres, no dia 26 de abril, o grupo ativista britânico Just Stop Oil realizou sua última manifestação de rua, encerrando uma marcante série de protestos que se estendeu por três anos.
O Just Stop Oil é um grupo de ativismo ambiental que surgiu em 2022, fazendo fama por suas ações disruptivas, como colar-se a obras de arte famosas e bloquear rodovias. Seu objetivo principal sempre foi destacar a urgência da crise climática e pressionar o governo britânico para que interrompa a licitação de novos projetos de petróleo e gás.
A decisão de pôr fim às manifestações de rua se deu por uma mudança significativa nas políticas do governo, que agora proíbe novos projetos de petróleo e gás, um dos principais alvos das ações do grupo. Além disso, medidas recentes no Reino Unido tornaram as manifestações mais difíceis, com o endurecimento das leis e penas severas que afetaram diretamente os ativistas. Atualmente, sete membros do Just Stop Oil estão na prisão, com condenações que chegam até quatro anos.
Embora os protestos de rua tenham terminado, isso não significa que o Just Stop Oil tenha desistido de sua luta. O grupo está se preparando para continuar suas ações nos tribunais e em prisões, além de elaborar novas estratégias para lidar com políticas que contribuem para o aquecimento global. A resistência civil continuará, mas pode adotar maneiras novas e possivelmente até um novo nome.
A campanha do Just Stop Oil teve um impacto considerável ao colocar o licenciamento de combustíveis fósseis na agenda política, mantendo na reserva mais de 4,4 bilhões de barris de petróleo. Entretanto, a repressão contra os ativistas climáticos também cresceu, com legislação que criminaliza manifestantes.
Apesar dos desafios enfrentados, a visibilidade e os métodos de resistência inspirados pelo Just Stop Oil continuam a impactar o movimento ambiental. Enquanto as táticas mudam, a luta pela justiça climática segue viva, revelando que novos formatos de ativismo estão por vir.