Em 1995, *Coração Valente* (Braveheart) chegou aos cinemas, proporcionando uma nova definição para o gênero de épicos históricos. O filme, dirigido e estrelado por Mel Gibson, retrata a luta de William Wallace pela independência da Escócia no século XIII. Com cenas de batalha brutais e emocionalmente impactantes, três décadas após seu lançamento, sua sequência principal de combate permanece como uma referência técnica e narrativa.
As batalhas em *Coração Valente* foram filmadas utilizando câmeras portáteis e coreografias caóticas, priorizando o realismo em detrimento da estilização. A emblemática cena da Ponte de Stirling, apesar de sua histórica imprecisão, impressionou com o uso de steadycams que imergiram o público no caos medieval. A ausência de trilha sonora durante os confrontos intensificou a crueza dos golpes e os gritos dos combatentes, realçando a brutalidade das batalhas.
Dentre suas conquistas, *Coração Valente* recebeu 5 Oscars, incluindo Melhor Filme e Direção, assegurando que Mel Gibson se consolidasse como um cineasta de grande escala. As cenas de combate influenciaram diversas produções posteriores, como *O Senhor dos Anéis* e *Game of Thrones*, principalmente na representação de táticas de infantaria. A famosa exclamação "Liberdade!", bradada por Wallace, tornou-se um símbolo de resistência ao redor do mundo.
Em abril de 2025, o filme foi revisitado por publicações especializadas, enfatizando sua relevância contínua. A Folha BV destacou a "combinação única de violência estilizada e patriotismo visceral" como um aspecto atemporal. Atualmente, plataformas de streaming, como Disney+, mantêm o título entre seus destaques históricos, provando que, mesmo após 30 anos, o filme ainda ressoa fortemente entre os espectadores.
Embora tenha sido um sucesso, *Coração Valente* também enfrentou críticas de acadêmicos sobre a dramatização excessiva de eventos reais. A maneira como o filme retrata Wallace como um líder unificador contrasta com registros históricos que indicam sua traição frequente pelas nobrezas escocesas na época. Além disso, a icônica pintura azul de guerra utilizada pelos extras, apesar de impactante cinematograficamente, carece de base arqueológica.
O diretor de fotografia John Toll implementou técnicas inovadoras, usando filtros âmbar para as cenas campestres e uma paleta monocromática para as batalhas, estabelecendo uma clara distinção visual entre os momentos de paz e guerra. O filme foi capturado na Irlanda e Escócia com a ajuda de 1.600 figurantes, um recorde para produções independentes na década de 90.