Washington, 1º de maio de 2025 — Charles Kushner, empresário do setor imobiliário e sogro de Jared Kushner, genro de Donald Trump, compareceu nesta quinta-feira ao Comitê de Relações Exteriores do Senado para sua audiência de confirmação como embaixador dos EUA na França. Durante seu testemunho, o nomeado reconheceu um "erro grave" relacionado a condenações por evasão fiscal e suborno em 2005, enquanto destacou sua experiência em negócios e filantropia como qualificações para o cargo. A indicação, anunciada em novembro de 2024, busca reforçar a aliança histórica entre os países, mas enfrenta questionamentos sobre o histórico jurídico do candidato.
Indicação Estratégica
A indicação de Kushner, formalizada em 30 de novembro de 2024, foi justificada por Trump como uma escolha estratégica para "fortalecer a parceria com a França, nosso aliado mais antigo". Em comunicado, o ex-presidente elogiou o empresário como "líder empresarial e filantropo excepcional", destacando seu papel na Kushner Companies e em conselhos como o do Memorial do Holocausto dos EUA.
Audiência no Senado
Em seu depoimento de 1º de maio, Kushner abordou diretamente sua condenação federal de 2005, que resultou em dois anos de prisão:
"Cometi um erro grave há duas décadas. Assumo total responsabilidade e dediquei minha vida desde então a reparar danos através de trabalho comunitário e filantropia"
A estratégia de transparência busca neutralizar críticas de senadores democratas, que questionam a adequação de um condenado por crimes financeiros para um cargo diplomático de alto nível.
Desafios na Relação Bilateral
Se confirmado, Kushner herdará uma relação bilateral tensionada por possíveis mudanças na política externa de Trump, incluindo ameaças de reduzir o envolvimento dos EUA na OTAN. A França, membro-chave da aliança, tem pressionado por maior cooperação em segurança e comércio.
Próximos Passos na Confirmação
O Comitê de Relações Exteriores deve votar a indicação nas próximas semanas. A maioria republicana favorece a confirmação, mas o processo pode se prolongar se democratas exigirem nova rodada de questionamentos sobre o perdão presidencial concedido a Kushner em 2020.
Nota: Nenhum recurso multimídia foi incluído conforme orientação. Para imagens, sugerimos arquivos da audiência disponíveis no site do Senado.