Nana Caymmi, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira, faleceu no dia 1 de maio de 2025, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A cantora e compositora deixa um legado indelével na música popular brasileira (MPB), sendo lembrada por sua interpretação única e por suas contribuições ao gênero.
Nascida em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, ela era filha do renomado compositor Dorival Caymmi e de Stella Maris. Seu nome completo é Dinahir Tostes Caymmi. Aos 20 anos, Nana começou sua carreira musical, destacando-se rapidamente por sua voz expressiva. Em 1964, participou do álbum "Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo", um trabalho que se tornou um clássico, sendo reconhecido tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Durante os anos 1970, Nana Caymmi consolidou sua trajetória como uma das principais vozes da MPB. Seu álbum homônimo, lançado em 1975, trouxe interpretações emblemáticas como "Ponta de Areia" e "Beijo Partido", marcando um ponto alto em sua carreira. Além deste, suas obras incluem álbuns significativos como "Renascer" (1976), "Voz e Suor" (1983) e "Bolero" (1993). Em 1998, o vocal de Nana foi destaque na abertura da minissérie "Hilda Furacão", da TV Globo, ampliando ainda mais sua visibilidade.
Embora não tenha alcançado a mesma popularidade de algumas contemporâneas, Nana Caymmi é muito respeitada por sua interpretação dramática e refinada. Seu legado abrange diversas participações em trilhas sonoras de novelas e séries, consolidando sua influência na cultura popular brasileira. Seus álbuns mais recentes, como "Nana, Tom, Vinicius" (2020) e "Nana Caymmi Canta Tito Madi" (2019), demonstram sua continuidade e relevância no cenário musical.
A lembrar de Nana Caymmi é recordar uma das grandes vozes do Brasil que, através de sua arte, deixou uma marca indelével na música brasileira. A contribuição de Nana mantém-se viva entre admiradores e novos públicos, assegurando que seu legado perdure para as futuras gerações.