A atriz Bella Ramsey, conhecida por seu papel em "The Last of Us", lidera um grupo de mais de 400 profissionais do audiovisual que assinaram uma carta aberta em protesto à recente decisão do Supremo Tribunal britânico. Publicado em 30 de abril de 2025, o documento se posiciona contra a definição de "mulher" como sendo estritamente vinculada ao sexo biológico, algo que os signatários consideram uma ameaça aos direitos de pessoas trans, não binárias e intersexo.
A decisão, que ocorreu a partir de um veredicto do Supremo Tribunal em 17 de abril, foi considerada "retrógrada" por muitos da comunidade LGBTQIA+. De acordo com os signatários, essa interpretação binária do sexo compromete a integridade e a segurança de indivíduos que não se encaixam nas normas tradicionais de gênero.
A íntegra da carta, disponível publicamente, expressa:
"Acreditamos que a decisão mina a realidade vivida e ameaça a segurança de pessoas trans, não binárias e intersexo no Reino Unido. O cinema e a televisão são ferramentas poderosas para educar e gerar empatia – esta é nossa chance de estar do lado certo da história."
Os profissionais solicitam três ações principais:
A mobilização ocorre em um momento crucial, a poucas semanas do início das filmagens de várias produções do Reino Unido previstas para 2026. Especialistas acreditam que essa pressão possa levar a uma maior inclusão de cláusulas contratuais focadas na diversidade de gênero e à obrigatoriedade de workshops sobre identidade trans nos estúdios. Exemplos de práticas bem-sucedidas, como as abordagens da HBO com "Euphoria" e da Netflix em "Sex Education", foram citados como inspiração.
Os organizadores da carta programaram uma série de ações para os meses seguintes:
A resposta das produtoras ainda é esperada, embora fontes do setor tenham indicado que a BBC e a Working Title já estão revendo suas políticas de casting.