Uma nova pesquisa da AtlasIntel revelou que 50,6% dos brasileiros consideram que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva está agindo lentamente em relação às denúncias de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Este sentimento se intensificou após a recente demissão do ministro Carlos Lupi, que reconheceu a ineficácia em tomar medidas decisivas contra as fraudes que atingem a previdência social.
A crise no INSS é marcada por despesas ilegais, amountando a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, referentes a descontos indevidos nos pagamentos feitos a aposentados e pensionistas. O problema gerou investigações por parte da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, além do afastamento de Alessandro Stefanutto, presidente do INSS. O ministro Lupi, embora tenha sido informado sobre os problemas em junho de 2023, só tomou providências em março de 2024, que foram vistas como reativas e insuficientes.
A sensação de inação por parte do governo Lula está afetando de maneira negativa sua popularidade. A pesquisa da AtlasIntel indica que 53,1% dos entrevistados sentem que as investigações em curso prejudicam a imagem do governo. Esse cenário pode levar à solicitação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), resultando em uma crise ainda maior para a administração atual.
Após a saída de Lupi, Lula tomou medidas drásticas, incluindo a nomeação do procurador federal Gilberto Waller Júnior para liderar uma intervenção no INSS. Essa decisão reflete a tentativa de restaurar a integridade da instituição e responder à pressão pública e política. Mesmo com estas ações, a crítica à lentidão permanece, tornando-se um obstáculo significativo para o governo.
A resposta do governo à crise no INSS e as medidas implementadas para sanar as fraudes estão em evidência. A continuidade da insatisfação popular e as repercussões políticas que podem surgir, incluindo uma possível nova CPI, deixam um futuro incerto para o governo Lula. A agilidade nas ações e a transparência serão fundamentais para reconquistar a confiança dos cidadãos e estabilizar sua administração.