Um incrível depósito de lítio foi identificado sob a McDermitt Caldera, localizada entre os estados de Nevada e Oregon, nos Estados Unidos. Pesquisadores norte-americanos confirmaram a descoberta, em maio de 2025, destacando que esse é o maior depósito de lítio já mapeado, com estimativas que podem chegar a incríveis 40 milhões de toneladas métricas.
A formação geológica, criada por uma intensa atividade vulcânica 16,4 milhões de anos atrás, abrange uma cratera de 45 por 35 km. A erupção acumulou cinzas e sedimentos ricos em hectorita, um mineral essencial para a extração de lítio. Conforme os depósitos vulcânicos foram se transformando em lagos alcalinos, o lítio foi concentrado em camadas subterrâneas, criando esta reserva colossal.
Este achado pode ter profundas implicações econômicas. A quantia de lítio estimada é significativamente maior do que a do Salar de Uyuni, na Bolívia, que detém a maior reserva ativa conhecida. Ignorando a dependência da oferta proveniente da China, que atualmente controla cerca de 60% do refino global do lítio, este novo depósito poderia atender à demanda por baterias durante décadas.
Entretanto, a exploração desse recurso não será livre de desafios. Especialistas em mineração sustentáveis alertam que a extração do lítio deve ser conduzida com extremo cuidado para evitar a contaminação dos aquíferos na região. Comunidades indígenas locais expressaram suas preocupações acerca dos impactos socioambientais que a extração pode trazer. Enquanto isso, startups focadas em energia limpa estão pressionando por um licenciamento mais rápido para iniciar as operações.
A perspectiva de que os EUA se tornem um novo líder na transição energética não pode ser ignorada. Se a produção em larga escala começar antes de 2030, os Estados Unidos podem não apenas competir com a China em tecnologias de bateria, mas também desencadear uma possível queda nos preços internacionais do lítio.
O caminho para a exploração já está sendo preparado. Empresas como a Lithium Americas Corporation estão em negociação para obter os direitos de exploração da área, e estudos de viabilidade devem ser finalizados até 2026. Com isso, o início da operação comercial está previsto para 2028, sinalizando uma nova era para a extração de lítio nos EUA.
"Essa descoberta não só muda o jogo da geopolítica energética, mas também destaca a importância de uma abordagem sustentável na exploração mineral", afirmam os pesquisadores..