Wolney Queiroz foi nomeado como o novo Ministro da Previdência, assumindo a pasta em meio a um escândalo que desviou cerca de R$ 6,3 bilhões de benefícios do INSS. A demissão de Carlos Lupi ocorreu após investigações que revelaram um esquema de fraudes, levando aliados de Jair Bolsonaro a pressionarem por ações imediatas e transparência nas decisões do novo gestor.
A exoneração de Lupi foi uma medida drástica diante das descobertas de que alertas sobre irregularidades haviam sido completamente ignorados durante reuniões do Conselho Nacional da Previdência Social em 2023. Com a experiência de ser o secretário-executivo da pasta desde o início do governo, Queiroz agora tem a responsabilidade crucial de restaurar a credibilidade da instituição e corrigir os erros de gestão do passado.
A pressão sobre Queiroz se concentra em três eixos principais:
Além disso, a manutenção do PDT na liderança da Previdência levanta críticas, pois muitos defendiam uma verdadeira mudança na gestão partidária da pasta.
No último final de semana, Queiroz se reuniu intensivamente para entender a magnitude dos problemas enfrentados pelo INSS. Em um encontro com Gilberto Waller, recém-nomeado presidente do INSS, que ocorre imediatamente após sua posse, ambos traçaram estratégias que visam rever os processos de concessão de benefícios e reforçar a governança digital da instituição.
Entre os principais desafios que Queiroz terá de enfrentar, estão:
A oposição já prometeu incluir o tema nas pautas das comissões parlamentares de inquérito, aumentando a pressão sobre as primeiras decisões de Queiroz.
A escolha de Queiroz, um nome já familiar dentro da estrutura do Ministério da Previdência, sugere que o presidente Lula está procurando garantir estabilidade política ao invés de realizar mudanças drásticas. Contudo, essa estratégia pode ser vista como um continuísmo que exigirá respostas rápidas e efetivas para evitar desgaste adicional com a população e os aliados políticos.