O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel (PDT), de 52 anos, empossado na última sexta-feira, dia 2 de maio, reuniu-se neste domingo, 4 de maio, com a alta cúpula do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O encontro teve como principal objetivo traçar estratégias para conter a crise gerada por um escândalo de fraudes que culminou na saída do ex-ministro Carlos Lupi, afetando diretamente cerca de 1,5 milhão de aposentados e totalizando desvios estimados em R$ 6,3 bilhões.
A urgente reunião acontece em um contexto bastante delicado, apenas dois dias após a posse de Queiroz, que assumiu um ministério sob investigação devido a supostas ilegalidades nas cobranças feitas a aposentados. O ex-ministro Lupi, que deixou seu cargo, foi acusado de ignorar alertas sobre fraudulentas que já ocorriam em 2023, ano em que Wolney também atuava como secretário-executivo do ministério.
Medidas de Combate à Fraude
Fontes ligadas ao Planalto revelaram que Queiroz focará em três frentes principais para combater as fraudes e restaurar a confiança no INSS:
- Auditoria em massa nos sistemas de desconto automático do INSS;
- Central de denúncias que atuará integrada com o Ministério Público e a Polícia Federal;
- Revisão de 500 mil processos que foram identificados como suspeitos desde 2023.
Quem é Wolney Queiroz?
Natural de Caruaru, em Pernambuco, Wolney Queiroz traz uma vasta experiência política, sendo ex-deputado federal por dois mandatos, de 1995 a 1999 e de 2007 a 2023. Antes de sua nomeação, ele era o líder do Partido Democrático Trabalhista (PDT) durante o governo de Jair Bolsonaro e serviu como secretário-executivo da Previdência, o que o coloca em uma posição crítica no meio da atual crise.
Desafios à Frente
Peritos e especialistas em políticas públicas destacam que Queiroz terá que lidar com diversos desafios imediatos, entre os quais se destacam:
- Recuperação de crédito dos valores que foram desviados;
- Modernização dos sistemas tecnológicos de pagamento;
- Reconstrução da confiança junto aos beneficiários do INSS.
A reunião inédita deste domingo também contou com a presença de técnicos do INSS e representantes da Controladoria-Geral da União (CGU), conforme informações extra-oficiais obtidas por nossa reportagem.
Próximas Ações e Expectativas
Com um cronograma apertado, o ministério já anunciou que fará um pronunciamento até a próxima quarta-feira, 7 de maio, onde se esperam:
- Criação de um novo comitê de fiscalização, que incluirá representantes da sociedade civil;
- Elaboração de um plano de compensação para as vítimas das fraudes;
- Implementação de indicadores públicos que garantirão maior transparência no andamento das investigações.
A estratégia de Wolney Queiroz é vista como uma tentativa do governo Lula de estabilizar a pasta da Previdência antes que novos desdobramentos relacionados ao esquema de fraudes possam surgir, aumentando ainda mais a pressão sobre seu ministério.
