O líder do partido conservador CDU, Friedrich Merz, é o novo chanceler da Alemanha, assumindo o cargo em um cenário repleto de desafios econômicos e tensões nas relações internacionais. Ele lidera uma coalizão que enfrenta a dura realidade de um governo em meio à crise econômica e à ascensão da extrema direita.
Merz, que recentemente foi eleito e já conta com uma maioria parlamentar bastante estreita de apenas 52% dos assentos, inicia sua gestão em um clima de apreensão. Desde sua eleição em fevereiro, suas taxas de aprovação têm demonstrado queda significativa. A oposição se faz presente de forma contundente, especialmente com a crescente influência do partido de extrema direita, AfD.
A situação torna-se ainda mais complexa com a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, que parece estar posicionando-se contra Merz, apoiando os oponentes políticos do novo chanceler. Isso intensifica a pressão sobre seu governo já vulnerável, principalmente em relação às políticas internas e externas necessárias para estabilizar a Alemanha.
O quão firme será a coalizão entre o CDU/CSU e o SPD será testada rapidamente. Um recente acordo de 144 páginas foi estabelecido, no qual as partes reafirmam seu compromisso com a economia social de mercado. O novo governo promete atuar em conjunto para fortalecer as capacidades de defesa, além de implementar reformas significativas na política de migração.
Entre as propostas de Merz, destacam-se mudanças radicalmente rigorosas nas políticas de migração. Ele defende a abolição da naturalização rápida e prevê a possibilidade de desnaturalização em casos de delitos. Em resposta ao aumento das preocupações com a segurança, o chanceler também propõe um controle mais rígido das fronteiras e a ampliação dos poderes das forças de segurança.
Com a Alemanha enfrentando um quadro econômico desafiador e o crescimento das tensões partidárias, o governo de Merz terá um percurso sinuoso pela frente. À medida que ele molda suas políticas, a capacidade de diálogo e de comprometimento entre os partidos será crucial para a estabilidade do seu mandato e para a recuperação do país.