A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de maio de 2025, a bandeira tarifária amarela será aplicada nas contas de luz. Esse novo cenário é resultado da diminuição das chuvas que marcam a transição do período chuvoso para o seco, impactando diretamente a geração de energia nas hidrelétricas. Com a bandeira amarela, cada 100 kWh consumidos terá um custo adicional de R$ 1,885, após um ciclo de cinco meses de bandeira verde, que não apresentou cobrança extra.
Esse sistema de bandeiras tarifárias, instaurado em 2015, foi criado para informar os consumidores sobre as condições de geração de energia e incentivar um consumo mais consciente. Quanto mais seca a condição, mais caro se torna o fornecimento, uma vez que é necessário acionar usinas termelétricas, que muitas vezes são mais poluentes e mais caras.
Por que o custo da energia aumenta?
A mudança nas condições climáticas é a principal razão para o aumento nos custos das contas de luz. Com menos chuvas, os reservatórios das hidrelétricas recebem menos água, diminuindo assim sua capacidade de geração de energia limpa e, consequentemente, obrigando a utilização de fontes mais caras de energia.
Entendendo o sistema de bandeiras tarifárias
- Bandeira verde: condições favoráveis, sem custo extra.
- Bandeira amarela: condições menos favoráveis, com custo extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh.
- Bandeira vermelha 1 e 2: condições críticas, levando a custos ainda mais altos.
As classificações de bandeira são decididas com base em previsões climáticas, vazão de reservatórios e custos de geração.
Dicas para economizar energia com a bandeira amarela
Para ajudar os consumidores a lidarem com o aumento da conta de luz, aqui estão algumas dicas práticas:
- Aproveite a luz natural durante o dia e evite acender lâmpadas desnecessariamente.
- Instale lâmpadas de LED, que oferecem maior eficiência e durabilidade.
- Desligue aparelhos que não estão em uso, retirando da tomada dispositivos em stand-by.
- Substitua o ar-condicionado pelo ventilador sempre que possível, já que este último consome até 90% menos energia.
- Evite banhos longos, já que chuveiros elétricos são grandes consumidores de energia.
- Programe o uso de máquinas de lavar e secar fora do horário de pico e sempre com carga completa.
Essas pequenas mudanças podem não apenas diminuir o impacto financeiro, mas também ajudar no consumo sustentável da energia elétrica.
Consequências do aumento da bandeira amarela
Com a bandeira amarela, uma residência que consome, por exemplo, 300 kWh mensais verá um acréscimo de aproximadamente R$ 5,66 em sua conta. Embora o valor possa parecer pequeno, em tempos de inflação e aumento geral de custos, qualquer economia torna-se significativa para o orçamento familiar.
Expectativas para o futuro próximo
As previsões da Aneel indicam que a diminuição das chuvas e a redução de vazões pode levar a bandeira amarela a se manter ou até evoluir para a bandeira vermelha, caso a situação se agrave. Assim, é essencial manter hábitos de consumo consciente e permanecer atento às atualizações da agência.
Embora a bandeira amarela em maio represente um sinal de alerta para os consumidores, a adoção de medidas de economia é crucial. Além de reduzir custos, tais ações contribuem significativamente para a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro.
"Adotar práticas de economia pode reduzir o impacto no bolso e contribuir para o sistema elétrico nacional."
Saiba mais sobre a bandeira amarela e outras dicas acessando os links: G1, Agência Brasil, ANEEL.