A eleição presidencial da Coreia do Sul, marcada para 3 de junho de 2025, surge em meio a um cenário de incerteza política significativo. O candidato favorito, Lee Jae-myung, líder do partido de oposição liberal, enfrenta um momento delicado após uma recente decisão da Suprema Corte. Essa decisão anulou sua absolvição em um caso relacionado à lei eleitoral, complicando ainda mais sua trajetória rumo à presidência.
A antecipação das eleições se deu após a destituição do ex-presidente Yoon Suk Yeol, que foi removido do cargo em abril deste ano, após acusações de ter declarado lei marcial em dezembro de 2024. Desde essa destituição, a Coreia do Sul tem sido governada por presidentes interinos, incluindo o atual ministro da Educação. A eleição, portanto, se mostra crucial não apenas para definir o sucessor de Yoon, mas também para trazer estabilidade à política sul-coreana.
Apesar de liderar as pesquisas de opinião, Lee Jae-myung enfrenta desafios que podem impactar sua candidatura. Sua situação foi complicada por processos criminais que ele acredita serem motivados politicamente. Com a anulação da sua absolvição, ele poderá enfrentar uma condenação que o impediria de concorrer se for multado em mais de um milhão de won, cerca de US$715. O julgamento, que permanece agendado para após as eleições, mantém uma nuvem de incerteza sobre seu futuro político.
Além de Lee, o candidato Kim Moon-soo, representante do Partido do Poder Popular (PPP), também se destaca. Selecionado como candidato em 3 de maio, Kim é reconhecido por seu viés extremista de direita e tem sido um crítico feroz do movimento trabalhista, defendendo medidas legais contra greves. Sua candidatura revela a polarização crescente na política sul-coreana, posicionando Lee como uma figura da oposição liberal contra Kim, a ala conservadora.
A eleição de 3 de junho de 2025 representa um ponto de virada para a política na Coreia do Sul. Lee Jae-myung deverá navegar por um terreno minado, donde decisões judiciais podem impactar decisivamente sua candidatura. Por outro lado, a presença de candidatos com visões contrastantes reflete a divisão política do país. O resultado dessas eleições será fundamental para determinar não apenas o próximo presidente, mas também a trajetória política futura da nação, que vive um momento de grande incerteza.