Executivos de inteligência artificial (AI) nos Estados Unidos se preparam para uma reunião decisiva no Congresso, onde apresentarão uma lista de políticas que visam garantir a liderança dos EUA na corrida tecnológica em relação à China. Representantes de empresas líderes do setor demandam um marco regulatório nacional consistente, que promova inovação no campo da AI, em um esforço para evitar a fragmentação de leis estaduais que poderiam reduzir a competitividade americana no cenário global.
Atualmente, os Estados Unidos enfrentam um grande desafio em termos de regulação da inteligência artificial. Com mais de 550 projetos de lei relacionados à AI sendo introduzidos até março de 2025, o país está em direção à criação de um mosaico de leis inconsistentes. Essa diversidade legislativa pode não apenas retardar a inovação, como também aumentar os custos de conformidade para as empresas, sobrecarregando os especialistas em políticas que lutam para se engajar de maneira eficaz em tantos processos legislativos simultâneos.
Em contraste, a China tem adotado uma abordagem centralizada para se afirmar como líder no desenvolvimento de AI. O governo chinês coordena esforços entre diferentes setores, alinhando iniciativas governamentais, industriais e acadêmicas sob um mandato unificado. Essa estratégia facilita a implementação de políticas e a coordenação de esforços, permitindo que a China avance rapidamente na busca pela liderança global em AI. Além disso, o país tem conseguido contornar restrições de exportação dos EUA, mantendo acesso a tecnologias avançadas por meio de intermediários e investimentos internos.
Para garantir sua competitividade no setor de inteligência artificial, os Estados Unidos precisam implementar uma abordagem federal que antecipe a fragmentação das leis estaduais. Tal abordagem permitirá regulamentações mais consistentes e eficazes que promovam a inovação, ao mesmo tempo que protejam interesses nacionais. A este respeito, também é crucial que os EUA reconsiderem suas políticas de controle de exportação, assegurando que aliados e mercados globais continuem a depender da tecnologia de AI dos Estados Unidos, em vez de buscarem alternativas na China.
O movimento dos executivos de AI para apresentar suas demandas ao Congresso ocorre em um momento crítico, onde as decisões tomadas poderão influenciar a trajetória do setor nos próximos anos. A corrida pela liderança em AI entre os EUA e a China não mostra sinais de desaceleração. Com a China avançando com uma estratégia centralizada e eficaz, os EUA enfrentam desafios internos significativos que precisam ser abordados para garantir uma posição competitiva.