Em um movimento surpreendente, o Partido do Poder Popular (PPP) da Coreia do Sul anunciou a troca de seu candidato presidencial, Kim Moon-soo, pelo ex-primeiro-ministro Han Duck-soo, a apenas um mês das eleições programadas para 3 de junho. Esta decisão ocorrerá após um período conturbado em que Kim Moon-soo, embora tenha vencido as primárias do partido, enfrentou resistência interna, despertando preocupações sobre a divisão nas fileiras do PPP.
A Coreia do Sul atravessa um período de grande instabilidade política, especialmente desde a remoção de Yoon Suk Yeol de seu cargo em dezembro do ano passado, após a declaração de lei marcial. Este contexto de crise prolongada impulsionou a decisão do PPP em buscar um novo candidato, com o objetivo de revigorar suas possibilidades eleitorais ante o favoritismo do liberal Lee Jae-myung, do Partido Democrático, que figura como líder nas últimas pesquisas.
A escolha de Han Duck-soo, que havia se apresentado como candidato independente, é justificada pela expectativa de que ele possa se revelar um concorrente mais forte nas próximas eleições. Kwon Young-se, o líder interino do Partido do Poder Popular, manifestou seu pesar pela substituição de Kim Moon-soo, mas enfatizou a necessidade de unir forças na tentativa de enfrentar os desafios que se avizinham nas eleições presidenciais.
Com a eleição se aproximando, o PPP se vê diante do desafio de consolidar apoio ao novo candidato. Embora a troca possa gerar descontentamento entre os seguidores de Kim Moon-soo, a liderança do partido acredita que Han Duck-soo poderá atrair novos eleitores e reacender as esperanças do partido. A campanha promete ser intensa, especialmente com o Partido Democrático, liderado por Lee Jae-myung, dominando as pesquisas.
A troca de liderança no PPP não apenas ilustra os desafios políticos atuais da Coreia do Sul, mas também evidencia uma tentativa estratégica do partido em se reerguer antes das eleições cruciais em um cenário político conturbado.