O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou para Pequim neste sábado, 10 de maio, após participar das comemorações do 80º aniversário da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista em Moscou, na Rússia. A viagem ao país asiático é marcada por um encontro com o presidente chinês Xi Jinping e a participação no fórum entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), programado para os dias 12 e 13 de maio.
A missão de Lula à China é significativa, sendo sua segunda visita oficial desde o início de seu terceiro mandato. A primeira ocorreu em abril de 2023, e posteriormente, Xi Jinping retribuiu a visita em novembro do mesmo ano, após a Cúpula do G20 realizada no Brasil. Além disso, os dois líderes se encontraram novamente em uma Cúpula dos Brics, em 2023, realizada na África do Sul.
A agenda do encontro entre Lula e Xi Jinping ocorre em um contexto de crescente tensão nas relações comerciais globais, especialmente entre as duas maiores economias do mundo: EUA e China. A guerra tarifária iniciada pelo ex-presidente Donald Trump continua a gerar incertezas nos mercados financeiros e suscita preocupações sobre uma possível recessão global. Durante a estadia, Brasil e China deverão assinar até 16 acordos que reforçarão as relações econômicas bilaterais.
A Cúpula China-Celac tem como principal objetivo intensificar a cooperação entre a China e os países latino-americanos e caribenhos. A participação de Lula nesse encontro destaca a importância da região para a política externa do Brasil e o fortalecimento dos laços econômicos com a China, um parceiro estratégico na dinâmica mundial atual.
Em uma era marcada por dificuldades e desafios globais, a presença de líderes como Lula em encontros desse porte é essencial para moldar o futuro das relações internacionais e de comércio da América Latina.