A Amazon está prestes a divulgar seus resultados financeiros na quinta-feira, com as expectativas de que as vendas atinjam US$ 162 bilhões e um lucro por ação (EPS) de US$ 1,33. Os analistas estão de olho em atualizações sobre Inteligência Artificial (IA), Amazon Web Services (AWS) e o impacto das tarifas no comércio eletrônico.
Com um clima otimista, Wall Street aguarda ansiosamente os resultados da gigante do varejo online, que fará sua apresentação após o fechamento do mercado. De acordo com a UBS, a Amazon é considerada a "mais comprimida" entre as grandes empresas de tecnologia e está posicionada para uma recuperação após a reavaliação das ações durante a venda provocada por tarifas na primavera. Até agora, as ações da Amazon subiram 5% em 2023.
Adicionalmente, a expectativa é de que o setor de anúncios da Amazon seja um dos destaques no segundo trimestre. Pesquisas indicam que 89% das agências de publicidade aumentaram seus gastos com anúncios na plataforma em comparação ao ano de 2024. Essa tendência é apoiada por dados que mostram um aumento de 4,2% nos gastos diários em campanhas de marca patrocinadas durante o trimestre.
Na seção de investimentos em IA, a Amazon planeja gastar aproximadamente US$ 105 bilhões em 2025, segundo o CFO Brian Olsavsky. A empresa tem se concentrado na construção de produtos e ferramentas de IA, com expectativas de que os retornos não sejam imediatos. No entanto, os analistas estão interessados em ouvir sobre a performance da AWS em relação a esses investimentos, considerando a crescente importância da infraestrutura de IA.
Com relação à AWS, Justin Post, analista do Bank of America, acredita que a área de computação em nuvem de alta margem será fundamental para o crescimento da empresa. Indicadores de aumento na capacidade da AWS são esperados, especialmente no segundo semestre do ano. A Amazon também enfrenta desafios, como a escassez de chips e limitações energéticas em seus datacenters, que impactaram o crescimento da AWS no último trimestre.
Sobre as vendas do Prime Day, que ocorreram em julho, a Amazon poderá discutir brevemente o desempenho, embora a valorização tenha ocorrido após o fechamento do segundo trimestre. Em uma nota de pesquisa, Brent Thill, da Jefferies, observou que os impactos das tarifas não se materializaram conforme alguns previam, e a demanda do consumidor continua resiliente.
Ainda, os investidores esperam atualizações sobre a estratégia da Amazon em relação às tarifas e possíveis aumentos de preços. Em maio, o CEO Andy Jassy mencionou que muitos consumidores se precaveram com produtos potencialmente impactados pelas tarifas. À medida que a empresa se prepara para a próxima data de negociação comercial, as dúvidas sobre os efeitos reais das tarifas permanecem.
A UBS destacou que a Amazon se destaca como uma das Magníficas Sete mais subvalorizadas. O analista Stephen Ju elevou sua previsão de investimentos em capital para a Amazon, aumentando a previsão inicial de US$ 107 bilhões para US$ 112 bilhões, motivado pelo otimismo crescente em relação à infraestrutura de nuvem. UBS manteve sua classificação de "Compra" e aumentou o preço-alvo de ações de US$ 249 para US$ 271, o que representa um potencial de queda de cerca de 18%.
As estimativas de ganhos da Amazon indicam vendas de US$ 162 bilhões e um EPS de US$ 1,33. As vendas estimadas para o segundo trimestre são divididas em diferentes segmentos, incluindo vendas de lojas online e físicas, produtos de terceiros e serviços de assinatura, superando as expectativas gerais do mercado.