Luana Nascimento, mãe da adolescente Lara Maria, assassinada em 2022, expressou alívio e dor após a condenação de Wellington Galindo de Queiroz, que recebeu uma pena de 19 anos, 9 meses e 18 dias de prisão em regime fechado. Lara, que tinha apenas 12 anos, foi brutalmente morta após sair de casa para comprar refrigerante, e seu corpo foi encontrado três dias depois em um terreno em Francisco Morato (SP) com sinais de violência extrema.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou que a causa da morte foi traumatismo craniano, resultante de pelo menos quatro golpes na cabeça. Luana, que tem lutado incessantemente por justiça nos últimos três anos, afirmou: "Hoje eu continuo sendo a voz da Lara. Ele achou que nunca mais ouviria falar dela, mas eu vou fazer com que ele ouça até o fim da minha vida".
A condenação ocorreu após um júri popular no fórum de Campo Limpo Paulista, onde Luana expressou sua insatisfação com a duração da pena. Para ela, o tempo é insuficiente para o crime hediondo que resultou na morte de sua filha: "É injusto demais, a vida de uma criança foi arrancada, e ele só ficará 19 anos preso".
Durante a audiência, o júri foi composto por sete pessoas, incluindo cinco mulheres e dois homens, e ouviram diversas testemunhas. A defesa de Wellington, que tem antecedentes criminais, também anunciou que irá recorrer da decisão. O réu foi capturado em Foz do Iguaçu, Paraná, após ser considerado foragido por meses.
Na frente do fórum, demonstrando apoio à causa de Luana, manifestantes seguravam cartazes pedindo justiça não apenas para Lara, mas para todas as crianças vítimas de crimes semelhantes. Vasos com girassóis, a flor preferida da adolescente, simbolizavam a luta por memórias e justiça. Esta manifestação expressou também a dor de Luana, que, ao invés de preparar uma festa de debutante para os 15 anos de Lara, teve que organizar um funeral.
Luana mencionou a saudade e o conteúdo emocional profundo que envolve a perda da filha. Ela destacou: "Ao invés de um vestido de debutante, eu estava comprando uma caixa para colocar os ossos dela". O sofrimento de Luana e o desejo por justiça ressoam como um apelo por melhores buscas e protocolos de segurança para proteger as crianças de crimes violentos.
O inquérito policial, concluído em agosto de 2022, revelou que Lara negou qualquer amizade ou contato com Wellington. Câmeras de segurança o capturaram próximo ao local do crime, e seu histórico criminal inclui tráfico de drogas e associação criminosa, o que despiu qualquer visão de reabilitação. Luana Nascimento permanece firme em sua luta, determinada a ser a voz de sua filha e exigir que o crime não seja esquecido.