O dólar apresenta tendência de queda nesta terça-feira, 13 de maio, e é negociado a R$ 5,62, uma redução de quase 1% em relação ao dia anterior. Este movimento de baixa ocorre em um cenário onde investidores reagem à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil.
Diversos fatores influenciam o desempenho da moeda, com destaque para a decisão do Copom em relação à taxa Selic, que foi elevada para 14,75% ao ano, o maior índice registrado em quase duas décadas. A ata divulgada pelo órgão aponta que a alta na taxa já contribui para moderar o crescimento econômico. No entanto, não há indicações de novas elevações iminentes, o que deixa os investidores atentos aos desdobramentos futuros.
A lógica por trás do aumento da Selic reside no controle da inflação: juros mais altos desestimulam o consumo, já que o crédito e as compras a prazo se tornam mais dispendiosos, resultando em menor demanda por produtos e, por consequência, na contenção da inflação, que costuma ser impulsionada por uma demanda superior à oferta.
Além disso, o acordo celebrado entre Estados Unidos e China para uma trégua nas tarifas recíprocas também está na mira dos investidores. Conforme anunciado, as tarifas sobre produtos importados pelo governo americano serão reduzidas de 145% para 30%, enquanto as tarifas chinesas sobre produtos dos EUA cairão de 125% para 10%. Essa diminuição nas taxas traz um alívio ao mercado global, afastando temores de uma recessão econômica.
No cenário americano, o índice de preços ao consumidor (CPI) revelou uma leve alta de 0,2% em abril, após uma queda anterior de 0,1% em março. Apesar do acordo entre as potências, analistas preveem que a inflação nos EUA poderá subir nos próximos meses devido às tarifas ainda aplicadas, que afetam os preços dos produtos importados.
Às 10h40, o dólar operava a R$ 5,6292, uma redução de 0,97% em relação ao fechamento anterior. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, seguia em alta, atingindo 137.667 pontos, uma valorização de 0,81%. Essa recuperação no índice reflete as reações positivas do mercado financeiro ao acordo tarifário entre EUA e China, que acalma as preocupações relacionadas a uma potencial desaceleração econômica global.
O acordo tem gerado alívio para os investidores, especialmente considerando que as tarifas mais elevadas poderiam aumentar os custos de produção e, consequentemente, elevar a inflação. O presidente Donald Trump já havia imposto tarifas a mais de 180 países, e os recentes itens acordados entre EUA e China podem sinalizar uma nova fase nas relações comerciais entre os dois países, além de impactar de forma positiva a dinâmica do mercado financeiro global.
Por fim, no cenário geopolítico, a declaração de cessar-fogo imediato entre Índia e Paquistão após um aumento nas tensões militares pode contribuir para a estabilidade na região, um fator que os investidores estarão monitorando de perto.