O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez uma acusação séria contra o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta quarta-feira (14), após Macron descrever a política israelense em Gaza como "vergonhosa". Em resposta, Netanyahu reafirmou sua posição sobre a atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza, insistindo que as ações visam a libertação de reféns, a derrota do Hamas e a neutralização da ameaça que Gaza representa para o país.
De acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os recentes ataques israelenses resultaram na morte de pelo menos 70 pessoas, incluindo 22 crianças, em apenas algumas horas. A grave situação humanitária no enclave palestino se intensifica a medida que as hostilidades continuam.
Nesta terça-feira (13), Netanyahu reiterou sua determinação em não recuar na ofensiva militar, prometendo uma entrada completa do Exército israelense na Faixa de Gaza, independentemente da liberação de novos reféns pelo Hamas. Em um comunicado no Telegram, ele afirmou: "Nos próximos dias, entraremos com todas as nossas forças para completar a ofensiva e subjugar o Hamas". O primeiro-ministro deixou claro que, apesar de possíveis cessar-fogos temporários, a guerra continuaria até os objetivos militares serem cumpridos.
As declarações do primeiro-ministro indicam uma frustração com as tentativas de paz que têm sido promovidas por líderes internacionais. Após a libertação de Edan Alexander, um refém israelense-americano, o Hamas sugeriu que estava aberto a um cessar-fogo abrangente, mas Netanyahu não autorizou negociações nesse sentido.
No dia da libertação de Edan, o Hamas apresentou seu gesto como um sinal de boa vontade, pedindo à administração americana para avançar nas negociações para encerrar a guerra em Gaza. Netanyahu, no entanto, negou qualquer concessão que pudesse ser interpretada como fraqueza.
Nas redes sociais, Netanyahu compartilhou um vídeo de sua conversa com Edan, expressando a alegria do povo israelense pela sua volta. A conversa, que durou pouco mais de um minuto, foi um momento emotivo, no qual Edan relatou seu estado de saúde: "Bem, mas fraco. Devagar. Vou lentamente voltar a ser como era antes".
O telefonema entre Netanyahu e Edan foi medido pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que acompanhou as negociações intensas. What Witkoff destacou a importância do papel de Netanyahu nas conversas, creditando sua postura firme como um fator chave para que Edan pudesse voltar para casa.
As tensões entre Israel e Hamas continuam a se intensificar, enquanto a situação humanitária em Gaza se deteriora. A resposta de Netanyahu às críticas de Macron ilustra a fragilidade da diplomacia em tempos de crise. O futuro das negociações de paz e a segurança na região permanecem incertos, com as autoridades fazendo apelos para um diálogo significativo que nunca parece tão distante.