A implementação de tarifas pelo presidente Donald Trump está impactando significativamente o setor de consultoria, levando a um aumento na demanda por serviços oferecidos por grandes firmas como PwC, McKinsey, BCG e KPMG. A partir dos anúncios de tarifas, a procura por orientação cresce à medida que empresas, tanto novas quanto antigas, buscam ajuda para lidar com as mudanças dinâmicas no comércio e os custos crescentes.
Vários líderes do setor apontam que suas empresas estão experimentando crescimentos significativos. O KPMG, por exemplo, relatou "crescimento de dois dígitos em nossa receita e reservas em vários setores," enfatizando a importância de suas práticas relacionadas a impostos e comércio, serviços de cadeia de suprimentos e conformidade regulatória neste contexto de tarifas. A incerteza econômica, gerada pela guerra comercial promovida por Trump, está fazendo com que as empresas se voltem para consultorias em busca de orientação em situações difíceis.
Kristin Bohl, sócia da PwC focada em comércio internacional, descreve que a empresa está vendo um aumento na demanda desde que as tarifas foram introduzidas em abril. "Tarifas são um problema multidimensional," afirma Bohl, indicando que diversas linhas de serviço da PwC estão em alta demanda, resultando em crescimento considerável nas consultas para assessoria fiscal, logística e tecnológica.
Empresas como a McKinsey relataram um aumento notável na procura por suas práticas de geopolitica, com clientes buscando planejamento de cenários e respostas interfuncionais. O setor industrial, especialmente aqueles expostos a mudanças nas trade shifts, como eletrônicos e manufatura avançada, apresenta um interesse crescente na adaptação às novas realidades tarifárias. Segundo a senior partner Cindy Levy, as empresas estão em busca de estratégias competitivas em um cenário de incerteza.
Rich Lesser, presidente global da BCG, disciplina é fundamental para esses tempos incertos. Ele comenta que, além de buscar novos clientes, as empresas estão reavaliando suas estratégias a longo prazo sobre investimentos em capital e talento. "Todos estão cientes de que este não é o momento de fazer grandes investimentos," indica Lesser, reforçando a urgência em encontrar soluções imediatas para manter a competitividade.
KPMG e SIB, outra consultoria que se destacou neste ambiente volátil, percebendo um aumento na demanda por soluções a custos concernente a tarifas. O CEO da SIB, Shannon Copeland, acentua a urgência com que as empresas estão buscando ajuda: "Os líderes reconhecem que esperar pode deixá-los expostos, especialmente se os fornecedores já estiverem incorporando aumentos tarifários em seus contratos." Bohl observa que pequenas empresas enfrentam riscos significativos, podendo até perder sua capacidade de operação, o que destaca ainda mais a relevância das consultorias em momentos difíceis. Com as empresas buscando estratégias proativas, a pressão por soluções eficazes é mais palpável do que nunca. Em meio a todos esses desafios, resta saber como as consultorias continuarão a se adaptar e a responder a um mercado em constante mudança.