No último sábado, Pamplona testemunhou um emocionante sétimo encierro com os imponentes toros de José Escolar, que não só impressionaram pelo físico, mas também pela intensidade das lides. O evento atraiu uma multidão de 19.500 espectadores, todos ávidos por emoções fortes e repleto de tensão, especialmente durante as atuações de Rafaelillo e do colombiano Juan de Castilla.
Durante a tarde, Rafaelillo e Juan de Castilla conquistaram a atenção do público ao cortarem uma orelha cada, após demonstrarem coragem em arena repleta. A performance de Rafaelillo, no entanto, ficou marcada por um incidente grave quando foi cogido pelo quarto toro, resultando em múltiplas contusões, exigindo sua pronta atenção médica. "Voltar à arena é um ato de bravura que merece nosso respeito", comentou um espectador.
O primeiro toro, de 600 quilos, foi descrito como mansão, permitindo que Rafaelillo tentasse um manejo cauteloso. Já o segundo, sob a responsabilidade de Fernando Robleño, se mostrou um adversário sobressaltado, exigindo maior domínio. A jornada de Juan de Castilla começou com uma expressão de firmeza em sua apresentação, onde suas gaoneras hipnotizaram o público antes mesmo de seu duelo efetivo.
Com vantagem, Juan de Castilla ainda lidou com o terceiro toro, que apresentava uma fraqueza visível, mas que não impediu o colombiano de mostrar seus dotes. Seu desempenho foi aclamado pelas peñas, que vibraram com suas manobras vibrantes e enérgicas. No entanto, o confronto não foi fácil, e Castilla encontrou dificuldades quando foi preso pelo toro, tido como um momento crítico de sua apresentação.
A entrega de Juan de Castilla ao público de Pamplona rendeu-lhe aclamações e, apesar de ter sido levantado por um toro, pediu a orelha em meio aplausos. Nas atuações seguintes, Rafaelillo, mesmo sentindo os efeitos da colisão, retornou à arena determinado a enfrentar o imponente quarto toro. Sua coragem, apesar da condição crítica que enfrentava, resultou em uma estocada que rendeu a ele outra orelha, em reconhecimento ao seu espírito indomável.
O quinto toro impressionava em físico, se destacando pela sua seriedade. A performance de Fernando Robleño com essa fera acabou sendo marcada por falhas na espada e descabellos, evidenciando a complexidade que esses encontros impõem. O sexto toro, porém, foi descrito como o verdadeiro desafio do encierro, revelando-se manso e desatento, tornando a lide de Juan de Castilla ainda mais difícil e exaustiva.
O dia se encerrou com a sensação de que, apesar das dificuldades, os toros de Escolar proporcionaram um espetáculo de resistência e bravura. Outras atuações notáveis incluem o bregar preciso de Iván García, que se destacou na lide com o segundo toro, um momento que ajudou a unir ainda mais o espírito da festa.
A corrida, marcada por uma intensidade alarmante, reafirma a tradição das festas de San Fermín, onde cada embate entre toureiros e toros se transforma em uma dança de força e coragem, sob o olhar atento de uma multidão que vibra a cada investida.