Conflito na Festa de Dia das Mães em Diadema
No último domingo (11), a Guarda Civil Municipal (GCM) de Diadema, na Grande São Paulo, foi alvo de polêmica após agredir moradores com golpes de cassetete e spray de pimenta durante uma festa de Dia das Mães. O incidente ocorreu no bairro Serraria e foi registrado em vídeo por um morador da região, que documentou a violência policial.
Reação da GCM e Acusações de Hostilidade
A Prefeitura de Diadema relatou que a GCM foi chamada para conter uma denúncia de perturbação do sossego e que, ao chegar no local, os agentes teriam sido recebidos de forma hostil por alguns participantes da festa, que lançaram rojões e pedras contra eles. Em contrapartida, moradores afirmam que a ação da guarda foi desproporcional e que a violência ocorreu sem provocação alguma.
Agressões e Consequências para os Moradores
As agressões na festa deixaram várias pessoas feridas, incluindo um jovem que relatou ter recebido golpes e sido chamado de "satanás" durante a abordagem. Ele exibiu um hematoma nas costas como prova da agressão. Outro morador declarou ter sido empurrado e ameaçado, mencionando que a GCM chegou "batendo em todo mundo" e que o evento, que celebrava o Dia das Mães, tinha um ambiente familiar.
Reações da Comunidade e Investigação em Andamento
Após a divulgação dos vídeos das agressões, alguns moradores informaram que a GCM retornou ao bairro em uma ação de intimidação. Os relatos indicam que eles foram abordados pelos agentes, que alegavam ter recebido denúncias de tráfico de drogas, embora nenhuma evidência tenha sido encontrada. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso está sendo investigado por lesão corporal e dano.
Treinamento e Estrutura da GCM
A GCM de Diadema, criada em 1999 e composta por 307 agentes, é treinada para situações de emergência e segurança pública. Cada agente passa por 160 horas de treinamento com armamento, o que levanta discussões sobre a adequação dessa capacitação em confrontos com a população civil.
Posicionamento da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Diadema defendeu os agentes, afirmando que a intervenção foi necessária para garantir a segurança dos cidadãos e. Reiterou que as ações da GCM estão baseadas nos princípios da legalidade e respeito aos direitos fundamentais. Além disso, foi mencionado o compromisso da prefeitura em combater festas irregulares que perturbam a paz pública na cidade.
O caso continua a gerar repercussões na comunidade, enquanto as investigações prosseguem e moradores clamam por uma resposta sobre os excessos praticados durante a intervenção policial.