A defesa de Luiz Antonio Garnica, acusado de envenenar sua esposa, a professora de pilates Larissa Rodrigues, se manifestou nesta quarta-feira (14) em Ribeirão Preto, contestando as alegações apresentadas pelo Ministério Público. O advogado Júlio Mossin ressaltou que não houve preocupação do médico com a divisão de bens devido ao divórcio, uma das suposições levantadas pela Promotoria.
Garnica, atualmente preso, é suspeito de envolvimento na morte da esposa, encontrada desacordada em seu apartamento em uma data recente. Segundo a defesa, não existem elementos concretos que comprovem a participação do médico no crime.
Mossin enfatiza que a amante de Garnica, em seu depoimento, contradisse a ideia de que ele estava preocupado com questões financeiras. "Ele queria apenas se organizar financeiramente para um eventual divórcio, algo comum a quem está pensando em mudar de vida", afirmou o advogado, reforçando que essa reorganização não significava apreensão.
O médico foi acusado de manipular circunstâncias para criar um àlibi, já que saiu com a amante na noite anterior à morte de Larissa. Entretanto, a defesa sugere que essa relação era habitual e que as saídas ocorriam frequentemente em Ribeirão Preto, não necessariamente visavam encobrir um crime, como afirmado pelo MP.
O advogado também contestou a falta de provas substanciais no inquérito policial. Segundo Mossin, o caso se baseia em suposições e não em evidências concretas que incriminassem seu cliente. "Não existe prova de que Luiz tenha feito qualquer combinação para envenenar Larissa", afirmou.
A investigação sobre a morte de Larissa Rodrigues é classificada como homicídio qualificado. A Polícia Civil suspeita que a solicitação de divórcio da professora, realizada pouco após descobrir a traição do marido, possa estar ligada ao crime. Além disso, estão sendo feitas novas análises em casos anteriores relacionados à família de Garnica, incluindo a exumação do corpo de sua irmã, falecida recentemente sob circunstâncias similares.
Tanto Luiz Antonio Garnica quanto sua mãe, Elizabete Arrabaça, estão detidos e negam envolvimento na morte da esposa. Eles tentaram um habeas corpus, mas a corte negou o pedido, e a decisão final ainda está pendente.
Esses desdobramentos continuam a ser acompanhados pelas autoridades e pela mídia, o que gera grande repercussão na comunidade local e nas redes sociais.